Por Giulio Calábria
Depois da derrota contra o Inter, na primeira rodada, arrisquei um comentário sobre o novo código de vida mansa dos boleiros, sustentado por pseudo-teorias do fisiologismo.
A justificativa vigente é: "antes os atletas corriam cerca de oito quilômetros por jogo; hoje, correm quinze".
Semana passada, estava na Argentina e assisti a uma entrevista com o Fernando Signorini, preparador físico da seleção deles.
Ele repetiu a história de que jogadores podem morrer na altitude de La Paz, seu assunto preferido.
Depois, perguntaram a ele sobre a história de poupar atletas e repetiram esse chavão do 7km x 15 km.
Foi bom vê-lo dizendo que jornalista normalmente não entende de estatísticas. Não entende, especialmente, de recorte estatístico.
Os tais 7 km se referem à média de alguns jogadores, em um ou outro campeonato dos anos 60 e 70, aferidos por pesquisadores ingleses.
O tais 15 km dizem respeito a um ou outro jogador, em um ou outro campeonato europeu, em tempos atuais.
Ouvir isso me deu um alívio, pois eu jurava que Biro-Biro percorria em campo um trajeto muito maior do que Lulinha ou Souza.
E também não tenho dúvida de que o Ronaldo atual não corre nem os tais 7 km.
Daí, lembrei do futebol da Holanda, em que os tais 7 km eram facilmente superados por gente como Krol e Neskens.
E recordei um artigo de Tostão, em que ele diz que é a bola que tem de correr, e não o atleta.
Segundo ele, o jogador mais veloz não é necessariamente o que corre mais, mas aquele que faz a bola se deslocar de A para B no menor tempo possível.
Poupar? Sim, se o atleta está enfermo ou contundido. Mas fica difícil acreditar que um time inteiro seja incapaz de jogar duas vezes por semana, mesmo com todo o avanço da
preparação física e do mercado dos complementos químico-alimentares.
Quem conheceu Gustavo Nery e Roger sabe que, neste caso, conta mais o código dos boleiros.
Aplicada a fórmula vida mansa, peões de obra trabalhariam apenas um dia por semana.
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Um comentário:
IRMÃO:
A CASA DA BI_X_ARADA CAIU.
A FIFA NÃO ACEITOU O MORUMBIXA.
AGORA É HORA DE TODOS OS CORINTHIANOS FORTALECEREM A CORRENTE PARA O NOSSO NOVO ESTÁDIO.
UM ESTÁDIO ONDE HAJA LUGAR PARA TODOS OS CORINTHIANOS. POBRES, RICOS OU REMEDIADOS.
A NOSSA DIRETORIA VAI TER QUE ENTENDER ISSO.
SAUDAÇÕES CORINTHIANAS.
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