quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Business e gestão da vontade

Peter Drucker, o maior guru da Administração, escreveu linhas esclarecedoras sobre a gestão de pessoas no moderno contexto de competição corporativa.

O afamado professor ensinava que, nos novos cenários, os colaboradores devem ser persuadidos a executar suas tarefas e que a mobilização se constitui num trabalho de marketing interno.

Afirmava ainda que teoria e prática definem uma estratégia de “administrar para o desempenho”.

Na tarefa de gerir parcerias entre lideranças e liderados, o professor austríaco sentenciou:

- O ponto de partida pode ser uma definição de resultados – exatamente como o ponto de partida do regente da orquestra é a partitura e o do treinador de futebol é marcar pontos.

Ironicamente, o esporte referido por Drucker costuma ser o primeiro a corromper os princípios básicos da administração.

O Corinthians, campeão paulista e da Copa do Brasil, por exemplo, ofereceu no segundo semestre um formidável exemplo de liderança para o fracasso.

Baseados em alguma teoria heterodoxa, seus dirigentes definiram que “o objetivo do ano já estava alcançado” no mês de Julho.

Em seguida, denominaram “planejamento” o desmonte da espinha dorsal da equipe e a conversão do Brasileiro em laboratório de rachões de luxo.

Essa política foi aliada ao encarecimento dos ingressos. Afinal, segundo o cartola Mario Gobbi, futebol hoje é “business”.

O resultado dessa estratégia de gestão tem sido visto em campo. Quem paga o alto preço dos ingressos no Pacaembu é brindado com derrotas humilhantes. Goiás e Atlético Paraense, juntos, meteram sete gols nos mosqueteiros.

Depois do empate contra o Fluminense, pior time do campeonato, até o técnico Mano Menezes admitiu a displicência e falta de vontade de boa parte do elenco.

Agora, indaga-se: o que se esperar de um grupo de trabalho cujas lideranças definem, por antecipação, que a jornada está concluída?

Imagina-se, por exemplo, uma equipe de corretores imobiliários cujo líder defina, em Julho, que a meta de vendas já foi alcançada.

O que esperar de trabalhadores que julgam já ter realizado o necessário?

É da natureza humana o senso de urgência e obrigação na atividade laboral. Decretar o fim de uma missão equivale a desmobilizar o grupo e entregá-lo à preguiça dos milionários.

No Corinthians, como denuncia Mano, já não há energia nem para a comemoração dos gols.

O fenômeno, entretanto, não é privilégio do alvinegro do Tatuapé.

Temos testemunhado situações semelhantes em várias outras equipes, geridas segundo os padrões do amadorismo, em que a busca de resultados é substituída pelo “amiguismo” demagógico.

Se houver um business no futebol, ele deve servir para concretizar a missão essencial do clube: gerar satisfação para sua torcida.

Mas que business é possível se a gestão sabota a vontade dos próprios colaboradores e transforma em farsa o espetáculo oferecido no mercado?

Por Walter Falceta Jr. - Jornalista

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Luto: A Saga e a Dor de um Herói de Verdade


***

Hoje em dia, a molecada costuma se impressionar com os X-Men.

Pois no passado, do nosso Corinthians, havia um X-Man de verdade.

Seu nome era Idário Sanchez Peinado.

Nasceu no Cambuci, na capital paulista, e desde criança tinha um sonho: ser jogador do Corinthians.

Nas ruas do bairro, lá nas baixadas do Tamanduateí, Idário aprendeu a brincar com a bola. Jogava com o coração, sempre.

E assim chegou às bases do clube, nas quais se destacou pela perseverança.

Dizem que, na época, a torcida corinthiana cresceu... Cresceu do orgulho de ver como Idário atuava com raça, dedicação e amor.

Não tinha uma bola perdida para o lateral-direito. Se tomava o drible, corria atrás para dar o carrinho salvador.

E foi assim que ao lado de Luizinho, Claudio, Baltazar, compôs o mais raçudo de todos os Corinthians, aquele que inspirou nossos avós, pais e amigos.

Idário ganhou o apelido de "Sangre", porque era de todos os corinthianos o mais valente, o mais destemido.

Enfrentava sem medo super pontas como Canhoteiro e Pepe.

A Fiel gritava: "pega ele, Idário". E ele sempre atendia o pedido.

Quando machucado, fingia estar bem para jogar pelo seu Corinthians. Botava uma faixa sobre as feridas e inchaços e enganava o médico.

Foram dez anos, de 50 a 60, de muitos títulos e glórias. No total, 475 jogos, três paulistões e três torneios Rio-S. Paulo.

Idário saiu do Corinthians sem patrimônio. Na época, ganhava-se pouco.

Passou 25 anos na estrada de ferro. Aposentou-se e foi viver com Dona Nati, uma mulher amiga e carinhosa.

Nos últimos anos, Idário passou a ter problemas de saúde. Precisava ser tratado...

Mas não recebeu a justa retribuição do clube que ajudou a construir. Nunca conseguiu realizar seu sonho simples: ter um plano da Medial Saúde.

Recebeu algumas poucas contribuições dos nossos diretores, quando já estava endividado na farmácia e com o condomínio em atraso.

Morreu sozinho, esta manhã, num pronto-socorro público, na Praia Grande.

Deixa como legado milhares de torcedores que, mesmo sem saber, viraram corinthianos por conta de sua mística de garra.

Vá em paz, nosso simpático amigo, verdadeiro herói. Que sua saga e dor sejam inspiração para um Corinthians melhor.

Retirado do http://www.loucosporti.com.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Martírio de Nosso Idário


O nosso grande Idário, ex-combatente alvinegro e eterno corinthiano, vive o ocaso do descaso.
Há anos, seu estado de saúde vinha inspirando cuidados.

Com os parcos recursos de sua aposentadoria, no entanto, não pôde submeter-se aos tratamentos necessários.

Seu joelho, que tanto suportou a ira anti-corinthiana nos campos, começou a dar mostras de exaustão.

Outros problemas crônicos fragilizaram ainda mais o craque.

Corinthianos se mobilizaram e exigiram do presidente Andrés Sanchez a inclusão de Idário e sua esposa num plano da Medial Saúde.
Os cartolas anuíram, mas nunca cumpriram a promessa.
Idário, então, teve seu estado de saúde agravado.

Recentemente, passou um mês internado num hospital do SUS.

Hoje, perdeu a fala e os movimentos das pernas. Está relegado a uma cama, pesando cerca de 40 quilos. Por conta dessa condição, tem duas feridas nas costas.

O alto valor dos remédios comprometeu a renda do casal. Chegaram a dever R$ 2 mil na farmácia, 2 contas de telefone e uma de condomínio.

As ajudas do Corinthians se limitaram, basicamente, a alguns depósitos bancários, rapidamente consumidos. Esmolas...

Idário precisa de uma enfermeira, de fraldas geriátricas e de um trabalho de reabilitação de movimentos numa clínica especializada.
Não tem obtido a ajuda regular necessária.

A esposa já pensa em vender o pequeno apartamento onde moram, único patrimônio do casal.

Pois é, muitos de nós somos corinthianos por conta da doação e perseverança desses antigos ídolos.

E aí, será que devemos algo a esses heróis?

Por que o rico futebol do business os abandonou?

***

Mais informações sobre o Idário, aqui.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Em respeito aos ídolos

Já é de conhecimento da torcida alvinegra que o ídolo Corinthiano e eterno lateral-direito Idário vem passando por dificuldades e está com a saúde muito debilitada. Por conta de um AVC sofrido no início desse ano, Idário e a Dona Natividade, sua esposa, tem passado por dificuldades financeiras devido aos caros remédios que ele precisa tomar.

A Larissa escreveu um post sobre o assunto e também disponibilizou o contato dele para quem quiser ajudar. Leia mais aqui.


***

E falando em resgate histórico, me deparei dias atrás com um post emocionante sobre o Tuffy escrito pelo lusitano Douglas Nascimento. Tuffy era um goleiro excepcional, extremamente corajoso e habilidoso. Triste é pensar que esse grande ídolo cada vez mais se enfraquece na memória do futebol alvinegro. O post escrito pelo Douglas deve ser divulgado, lido e re-lido por todo Corinthiano. Leia a íntegra aqui.

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Os paulistanos já devem ter se deparado com a Praça Luiz Trochillo localizada na Vila Carrão, zona leste de São Paulo. A praça é uma homenagem ao eterno Luizinho, o pequeno Polegar, um dos maiores ídolos da história corinthiana, detentor de um talento sem tamanho e responsável por encantar as multidões.
No entanto, a praça construída para homenagear o grande ídolo encontra-se abandonada pela Prefeitura de São Paulo, cheia de entulhos e de lixo por toda parte.



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Há também uma praça, ao lado do viaduto Bresser na região da Mooca em homenagem ao ex-presidente corinthiano Vicente Matheus. E não diferentemente da Praça do Luizinho, também está abandonada. A Dona Marlene Matheus durante alguns anos investiu algum dinheiro para cuidar da jardinagem do lugar. No entanto, desistiu de cuidar da praça com o descaso constante da Prefeitura.

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É triste saber que os ídolos que ajudaram a construir a história do Sport Club Corinthians Paulista estão caindo no esquecimento e suas memórias sendo desrespeitadas dessa maneira. Relembrar esses grandes homens, bem como seus feitos, é necessário. Aliás, é fundamental.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Dia do Povo!



Parabéns Corinthians! 99 anos de glória e tradição!
Ta no sangue, na alma, no coração. Paixão sem tamanho, devoção sem explicação.
É O DIA DO POVO!

*

Obrigado, Meu Corinthians!
Por Giulio Calábria

Hoje, tu és mais eterno e amado do que nunca.

E, assim, te agradecemos.

Por nascer do brilho do Cometa Halley e iluminar o sonho de uma juventude.
Por unir a consciência política dos avôs operários à satisfação das folias da bola.
Por surgir na rua, à luz de um lampião, tão humilde quanto sua boa gente fundadora.
Por vir à realidade tão pobre quanto possível.
Por agregar tantos de nós, desfazendo diferenças e pulverizando preconceitos.
Por ser italiano, espanhol, português, grego, sírio, libanês, judeu, japonês, negro, índio e nordestino, o lugar de fé onde os brasileiros são iguais.
Por ser vez e voz dos excluídos.
Por ser o time do povo, por ele erguido e mantido.
Por dar coragem ao pobre e humildade ao rico.
Por ser a ternura dos homens e a garra das mulheres.
Por conceder juízo aos jovens e volúpia aos velhos.
Por nos legar tantas lições de respeito e igualdade.
Por mostrar tantas vezes o valor da democracia.
Por provar que é preciso lutar sempre, desistir jamais, lançar fora a poeira e tentar novamente.
Por nos ensinar o valor da lealdade e da solidariedade.
Por ser genuinamente brasileiro e ter a cara de nosso povo.
Por oferecer nas ruas, prédios, arquibancadas e construções, o maior espetáculo da Terra.
Por nos dar os gols de Neco, Teleco, Luizinho, Baltazar, Claudio, Basílio, Sócrates, Casão, Neto, Marcelinho, Tevez e Ronaldo.
Por no conceder as defesas de Tuffy, Gilmar, Tobias, Ronaldo, Dida e Felipe.
Por dar mostras de valentia em Grané, Idário, Wladimir, Rincón e Cristian.
Por nos mobilizar nas maiores demonstrações populares massivas de todos os tempos.
Por alegrar nossos domingos, segundas, terças, quartas, quintas, sextas, sábados.
Por ser uma doutrina de vida. Por ser o que somos. Por sermos o que você é.

Obrigado, Timão! Por tanto júbilo e satisfação!

Você é nosso nobre ancestral que não morre. Não morrerá jamais.

Parabéns. E receba nosso infinito e eterno amor.

*

100 anos de história
http://www.corinthians.com.br/site/centenario/

*

Fotos do Dia do Corinthians

Bolo no trabalho


No trailler de lanche da tia Corinthiana que eu cumprimento diariamente com um "Vai Corinthians".


Sempre Corinthians!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Uma Lição: Carta a Um Jovem Corinthiano


Querido jovem torcedor,

Tenho exatos 81 anos e nasci no Bom Retiro, pouco antes que
minha família se mudasse para a região do Tatuapé.

Nasci no ano da inauguração do Parque S. Jorge e
orgulhosamente Campeão Paulista.

Sou corinthiano desde que sou gente. E não lembro de um dia
sequer em que não tenha pensado no nosso Timão.

Fiz muitas coisas na vida, como nadar no Tietê e ajudar a
construir Brasília, trabalhando como eletricista.

Lá, eu fiz muitos amigo candangos. Ele me conheciam como o
"corinthiano", porque eu costumava andar pelo Planalto
Central com uma camisa branca, com nosso distintivo bordado
sobre o coração.

Convivo sem problemas com um problema na perna esquerda,
resultado da época em que não tinha vacinas neste país.

Mas não foi isso que me impediu de chutar a bunda de um
palmeirense que cuspiu numa bandeira minha, em 1.960,
época do nosso jejum.

Eu tenho visto que a nossa torcida mudou.

Nosso time sempre foi o time do povo, como diziam os amigos
do meu pai, no "Bonrá", o apelido do bairro.

Hoje, vemos um diretor falar que tudo virou business e
ficamos todos quietos, dando razão a esse absurdo.

Na minha época de jovem, o jogador era escolhido por um
olheiro, e devia responsabilidade somente ao clube.

Hoje, eles preferem dar dinheiro aos tais empresários e a
nossa torcida acha que está certo, se conforma.

A torcida do Corinthians não foi assim nunca. Ela sempre
apoiou, mas sempre protestou. Pois quem apóia, paga e
derrama lágrimas, tem sim o direito de expor sua opinião.

Pelo que vejo hoje, dizem que as pessoas mobilizadas
não são corinthianos. O vídeo mostrado por meu
sobrinho-neto, falava em "modinhas" e "cornetas",
palavras que eu não conhecia.

Então, ele me explicou.

Segundo ele, os jovens usam esses nomes para criticar
aqueles que condenam as negociatas e exigem um Corinthians
vencedor.

Por essa regra, os torcedores participativos, que se
sentem responsáveis pelo Timão, são considerados
"sampaulinos".

Eu vi a torcida do Corinthians muitas vezes furiosa.

Havia quem pedisse dinheiro emprestado da sogra para tentar
assistir a um Corinthians x Palmeiras.

Mas o rapaz ficava fulo da vida se o time não correspondia.

Meu pai encrencou com meia cidade em 1.933, quando o
cartola da época vendeu meio time para fazer dinheiro.

Aí, fomos enfrentar o palestra e tomamos de 0 x 8.

A torcida nossa fez uma loucura e chegou a botar fogo na sede.

Eu não acho a violência o modo correto de protestar. E nem
acho que jogar cadeira no diretor é coisa de gente com cabeça
no lugar.

Mas eu entendo como essas coisas são no espírito do
Fiel, principalmente dos mais simples, que têm o Corinthians
com uma das únicas alegrias da vida.

Eu já não era novinho na época da Ditadura, mas ainda ia aos
jogos e vi a Gaviões da Fiel protestar contra os bandidos do
clube e vi também essa turma pedir Anistia e Diretas-Já.

Em 1.984, havia muitas bandeiras nossas nos comícios da
Sé e do Anhangabaú.

Meu pensamento pode estar meio desordenado, mas eu quero
dizer que a gente sempre tem que assumir o comando das
coisas. Se a gente gosta mesmo, tem que apoiar e cobrar.

O que aconteceu com as vendas desses jogadores foi um
exemplo de que eles querem é fazer lucro rápido e não pensam
em você, jovem torcedor.

Hoje, o business é tudo. Mas isso não está certo. Eles não
respeitam os contratinhos e deixam os empresários tomar
conta do que é seu.

Foi por isso que entregamos o sonho da tal coroa tripla.

Agora de noite, vi nosso técnico dizendo que não dá mais, que
não temos mais chances. E isso antes de acabar o primeiro
turno, hein...

Pra mim, isso é triste, pois nunca vi o Corinthians se render.

Jovem torcedor, lute pela nossa tradição. Não tenha medo de
erguer a voz, pois esse clube nós fizemos para você. Cuide
dele com carinho e respeite sua tradição.

Não deixe este diamante se quebrar.


Rubens Calábria, Vila Matilde, SP, Capital, Brasil.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Manifesto – O Gravíssimo Caso Gobbi e a Fiel Torcida


“Idiotas”, “hipócritas”, “incultos”, “ignorantes”, “burros”, “vagabundos” e “bandidos”. Esses são apenas alguns adjetivos que vêm sendo cotidianamente usados pelo Sr. Mário Gobbi para se referir aos torcedores do Corinthians.

Alguns termos mais fortes têm sido utilizados nas conversas privadas do “dirigente” com seus amigos na polícia, na imprensa e na diretoria do clube.

O MR777 condena veemente qualquer forma de violência e lamenta que o referido cartola tenha sido alvejado por uma cadeira. O Corinthians é uma família e seus membros devem ter uma atitude civilizada, mesmo na divergência.

No entanto, é certo que um “dirigente”, homem público, deve ter bom senso e respeito por aqueles que sustentam o SCCP. Como dissemos, o clube existe por aqueles que abdicam do almoço para compor a massa apaixonada nos estádios, faça chuva ou sol.

No episódio do PSJ, o Sr. Gobbi mostrou novamente falta de equilíbrio emocional ao furtar-se ao debate e preferir o recurso à ofensa rasteira.

O SCCP montou belo time pelas mãos do Sr. Antônio Carlos Zago.

Para o Sr. Gobbi, no entanto, o intuito desse trabalho era apenas gerar “business”, que ele julga o propósito final do futebol.

E, assim, em busca de lucro rápido, comandou o desmanche sem critério do time, entregando os craques precipitadamente, por qualquer lance, numa vergonhosa feira que tinha como principal beneficiário o atravessador Carlo$ Leite.

Seguindo essa filosofia, Gobbi também tem se desdobrado para majorar o preço dos ingressos e afastar os estratos sociais menos favorecidos dos estádios.

E qual o resultado dessa gestão amadora?

Nosso time, antes favorito ao título, já dá sinais de claro enfraquecimento no Campeonato Brasileiro, distanciando-se do líder. E o consumidor do “business” de Gobbi já falta aos estádios. Menos de 14 mil pagantes neste Domingo, no tedioso empate diante do Avaí.

Há uma semana, solicitamos gentilmente ao Sr. Gobbi sua demissão imediata. Por capricho e vaidade, porém, este cidadão insiste em permanecer no cargo, dividindo os corinthianos, tumultuando a vida do clube.

Exigimos, portanto, do Sr. Andrés Sanchez que faça valer sua autoridade e afaste de vez este executivo que tanto tem contribuído para manchar a imagem de nossa agremiação.

Se ele próprio admitiu que “não sabe nada de futebol”, como mantê-lo na direção deste departamento?

Considerando a situação caótica do Detran, é certo que este funcionário público será mais útil à coletividade dedicando-se mais à sua atividade original, sustentada pelo contribuinte.

Assinado: Movimento Resistência 777 e milhões de fiéis que desejam o bem do Corinthians.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

1º de Setembro, Dia do Corinthians

Em 1 de setembro, celebraremos mais um ano de vida do glorioso Sport Club Corinthians Paulista.
Paixão que não se explica, devoção que não se compara.

Manifeste-se, FIEL.
http://diadocorinthians.com.br/

"És do Brasil o clube mais brasileiro."




domingo, 26 de julho de 2009

Carta Aberta ao VP de Futebol, Sr. Mário Gobbi


***
São Paulo, 26 de Julho de 2.009.

Prezado Sr. Mário Gobbi, vice-presidente de futebol do SCCP:


O Corinthians é a maior instituição popular do País, patrimônio intangível de milhões de brasileiros.

Nosso alvinegro é história, paixão, tradição, um conjunto de valores que nos marca desde 1.910.

O clube de Parque São Jorge é, sobretudo, sua torcida e o amor que mora dentro desses corações vivos e fiéis.

É certo que qualquer diretor do clube precisa ter esse conhecimento elementar do DNA corinthiano.

Como imaginar um CEO que não conheça os valores e princípios da empresa que dirige?

E como considerar um executivo que não identifique e respeite o público consumidor de seus produtos e serviços?

Infelizmente, o senhor nos deu mostras inequívocas de que ignora a grandeza do Corinthians e também seu propósito.

O Sr. acredita que a finalidade do futebol é o tal "business", é fazer dinheiro para a máquina viciada do futebol.

Nós achamos que o "business" é apenas MEIO para se atingir o propósito fundamental de um clube de futebol: gerar alegria e satisfação para a torcida.

O Sr. desrespeitou todos nós corinthianos, especialmente os irmãos que gastam seus salários para acompanhar o Timão nas arquibancadas, faça chuva ou faça sol.

Considera-nos "medíocres", "ignorantes" e "incultos". E nem cora as bochechas ao lançar esses impropérios em público.

Será que esse é o jeito civilizado e adulto de gerir uma instituição como o Corinthians?

O Sr. mesmo sabe que não é.

O Sr. tem defendido os aumentos escandalosos nos ingressos, a venda não planejada de mandos de campo e o processo de descaracterização do futebol, o que só privilegia os vampiros que exploram nossa paixão.

Portanto, apelando a seu bom senso, solicitamos seu desligamento voluntário e imediato do cargo que exerce no SCCP.

Será certamente um ato de grandeza de vossa parte, e lhe seremos eternamente gratos.

Saudações corinthianas,

Assinado: Movimento Resistência 777

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Lula, Corinthians e o Pior "Jornalismo" do Mundo



O negócio sujo dos barões da mídia

***

Um jornalista ganha para informar e, assim, promover o esclarecimento e o bem coletivo.

Esse é propósito da imprensa: clarificar, expor os fatos e lutar com responsabilidade pelos direitos do cidadão.

No entanto, não é isso que os cafajestes do PIG (o Partido da Imprensa Golpista, como diz PHA) fazem diariamente.

O ofício dos funcionários do Estadão, da Folha, da Editora Abril e da Rede Globo inclui ações como mentir, exagerar, calunias, injuriar e difamar.

A informação torta é frequentemente ecoada por blogueiros de aluguel.

E perceberam que ficam todos espevitados quando é possível esculhambar o Timão e, por extensão, o presidente da República?

O canalha midiático é um indignado seletivo, como Cosme Rímoli e outros tantos que saíram por aí a julgar e condenar, apenas com base na remota suspeita.

Mas nenhum fica indignado quando:


1) O queridinho da imprensa José Serra arranjou um título mundial para o Palmeiras ou mediou o processo para a construção da nova arena do clube.

2) Nem quando Adhemar de Barros deu um terreno de graça ao SPFC.

3) Nem quando o dinheiro público ergueu o Morumbi, graças ao lambe-saco da ditadura Laudo Natel.

4) Nem quando o tucaninho playboy Aécio Neves ajudou seu Cruzeiro.

5) Nem quando Sérgio Cabral participou do programa para levantar seu
Vasco.

6) Nem quando o bambi Gilberto Kassab passa as tardes no Morumbi tentando fazer do estádio a sede paulista da Copa 2.014.


Agora, uma mera e suposta indicação de Lula sobre empresas de construção que conhecem o metier de centros esportivos vira um escândalo nacional.

O DEM e o PSDB já falam em CPI, vide declarações do tucano José Aníbal.

José Serra manda seus jornais condenarem Lula e o Corinthians...

Se houvesse intenção de dolo e tráfico de influências, o presidente e Sanchez tratariam disso em sigilo. Óbvio. Não contariam a Ronaldo, nem deixariam que jornalistas de Brasília soubesse do fato.

Além disso, a indicação de uma empreiteira certamente colocaria as outras contra Lula. Claro e evidente.

Os fatos e o prêmio

O corinthiano deve ser crítico do presidente Sanchez quando este erra ou se deixa levar por aliados aproveitadores.

Mas é preciso reconhecer quando há virtudes e jamais imputar falsos crimes a ninguém.

Neste caso, o que ocorre não tem segredo.

A diretoria corinthiana buscava informações sobre empresas que fossem especialistas em erguer complexos de preparação esportiva.

Não basta botar dez pedreiros de São Miguel Paulista lá e exigir que façam o serviço.

Um CT exige know-how e capacidade técnica.

E onde entra Lula nessa história?

Sabe-se que no encontro do Morumbi e do Planalto, Sanchez e Lula conversaram sobre o assunto.

O presidente recorreu ao ministro Orlando Silva para saber quais eram as empresas top que haviam trabalhado na época do Pan e que estavam agora se preparando para as concorrências das obras da Copa 2014. Detalhe: nem era empreiteiras.

Assim, prontificou-se a passar esses contatos técnicos à diretoria do Corinthians.

Tudo muito simples.

A imprensa anti-corinthiana, golpista e oportunista, entretanto, se utilizou da desinformação para criar um carnaval.

E, sim, com uma indignação seletiva, hipócrita e cínica, pois jamais levanta a voz para condenar Serra, Aécio, Kassab e Cabral.

Postos os fatos, a imprensa do Brasil deveria ter seu próprio Oscar, um prêmio anual aos que mais se destacassem na arte de mentir e manipular.

Prêmio "Canalha do Ano" é o que nos falta.

O brasileiro não precisa de inimigos. Já o tem diariamente nos jornais, nas TVs e na Internet.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A resistência necessária

A onda agora é distorcer tudo o que Ronaldo diz sobre o Corinthians.

Cria-se um mal estar, iniciativas para polemizar qualquer frase dita, abrem-se espaços para a troca de farpas de uma situação criada pela própria mídia que distorce, aumenta, manipula e inventa tudo o que é relacionado ao Timão.

Junte o time do povo ao presidente do povo para a alegria da imprensa irresponsável: eles fazem a festa!



É inegável a excelente campanha do Todo Poderoso nessa temporada. Assim como também é inegável a campanha da imprensa e dos anti-corinthianos para manchar e minimizar tudo o que conquistamos até agora.

Cabe a nós, Fiel Torcida, nos blindar desse bombardeio de abóbrinhas e comemorar as conquistas que provam, mais do que nunca, que o CORINGÃO VOLTOU!

É o ano do povo!
Vai Corinthians!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Quem tenta fascistizar o Rio Grande do Sul


***
É estarrecedor o que vem ocorrendo no Rio Grande do Sul, um Estado
de gente fantástica, de Quintana a Veríssimo, de Tarso Genro a
Elis Regina.

Há uma crescente onda de fascistização da sociedade.

Há agressividade, intolerância e um certo ódio em relação aos demais
brasileiros.

Essa paranóia estúpida está em todos os lugares.

O Fernando DVD Carvalho, por exemplo, conseguiu incutir essa idéia
de perseguição na cabeça da torcida colorada.

Mas como será que o torcedor do time abraçou com tanto
fanatismo esse mito?

Certamente, porque já havia ali uma predisposição.

Quem for às comunidades do Inter, verá que eles acreditam ainda
na lenda de 2.005 e afirmam que o título de 2.009 lhes foi também
roubado.

Triste. Pois estão num transe de lavagem cerebral que não lhes
permite ver nenhum benefício ao time, como ocorreu em tantas
oportunidades.


Eles vivem um curto-circuito cognitivo. Não adianta nem desenhar,
pois eles não entendem. Não querem entender.


A história do "macaco" gremistas se inclui nesse
processo de fascistização da sociedade gaúcha.

Hitler atribuía todas as mazelas alemãs aos judeus.

Certa elite gaúcha gremista atribuiu a desclassificação a supostos
atos ilícitos dos "macacos mineiros".

Aliás, foi das sociais do clube que começou a onda de gritos e palavras
de ordem racistas. Gente graúda.

Tudo está atrelado a uma onda de retrocesso político no RS.

O Estado é governado por Yeda Crusius, cujo grupo move uma
campanha permanente de desqualificação do que é popular.


E tudo que fracassa lá a governadora joga nas costas do
resto do país. Assim como o Inter, o RS é fantástico e infalível.

Quando as coisas dão errado, é culpa de Brasília, de São Paulo ou
do Rio de Janeiro. Fácil e cômodo.


Interessante porque é o governo mais corrupto do país. Tão corrupto
que até os aliados do DEM quiseram derrubar a tucana.

Prova que tudo está ligado. O futebol é uma expressão viva da sociedade
em que vivemos.

Bom seria uma visão holística do futebol.

Tributo ao Pequeno Gigante Jorge Henrique


***
Nosso pequeno Jorge carrega o nome do santo que nos guarda.

Por isso, talvez, aqui encontrou seu exército.

No tal "inferno" do Beira-Rio, nosso guerreiro de 1,69m levitou
sobre dois botinudos zagueiros para decretar o fim da arrogância
colorada.

Depois, foi um dedicado operário, subindo e descendo a
escada da construção do título.

Cercava, marcava e fazia assistências.

Ao fim, nosso Romário sem marra caiu em prantos. Derramou
a lágrima pesada e merecida.

Depois, contou sua saga. Nascido em Resende, no Rio,
o caboclinho passou fome, mal tinha o que vestir.

A mãe o abandonou.

O pai, seu Germano, morreu cedo, vítima das dificuldades da
vida.

Quem o criou foi uma tia.

Depois, virou um viajante da bola. Passou pelo Náutico, Atlético
PR, Santo André, Ceará e Botafogo.

Numa época de brucutus, disseram-lhe muitas vezes que "não
tinha corpo" para jogar futebol. Em Pernambuco, quase
terminou a carreira.

Jorge não desistiu e resolveu se tornar um atleta-padrão,
solidário, cooperativo e útil taticamente aos times em que
jogava.

Assim, sobressaiu-se no time no Botafogo.

No Corinthians também enfrentou o preconceito de alguns
torcedores, mas logo mostrou suas virtudes, ganhando a
simpatia da Fiel.

"Aqui me sinto em casa, porque esse é um time do povão, de
gente humilde como eu", disse emocionado a uma rádio paulista,
ainda em Porto Alegre.

No dia seguinte a sua maior façanha, quis ir a Brasília.

Emocionou-se de novo ao receber um abraço do presidente da
República, alguém que como ele venceu a pobreza e o
preconceito.

Tinha nos lábios um sorriso feliz de dever cumprido.

Este é o nosso Jorge, um colaborador de grupo, aquele que
voa mesmo sem o seu tradicional "aviãozinho", brincadeira
de eterno moleque.

Como Neco, Teleco, Wladimir e tantos outros, veio do povo
mais simples para compartilhar seu sonho com a Fiel.

Valeu, Jorge!

A Nação agradece e quer muito mais!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A bola pune, a língua castiga


***

O mafioso colorado quis criar factóides e procurou ganhar a
decisão fora das quatro linhas.

Por meio de um DVD editado de acordo com sua conveniência de
rábula mutreteiro, procurou manchar a imagem do adversário.

Hipocritamente, fez-se de surdo diante da história imunda de
favorecimentos a seu clube, inclusive na Copa do Brasil de
1.992.

E assim aprendeu uma lição: "a língua castiga". Corinthians,
campeão com méritos.

Alguns detalhes que chamaram a atenção...

1) Nossa torcida esteve impecável no Beira-Lixo. Cantou e apoiou
o tempo todo. Como disse Juca Kfouri, houve momento em que
se sobrepôs aos moranguinhos.

2) Boa parte da torcida do Intertribunal, aliás, ficou de braços
cruzados, logo após o primeiro gol alvinegro.

3) Membros da torcida "pula-pula" do Inter agrediram os próprios
colegas. Uma moça foi ferida, segundo as rádios gaúchas.
Parece que quebraram a prenda pois se recusou a fazer a
coreografia do Show da Xuxa sulista.

4) Impressionante o poder de alienação que tem o mafioso
Carvalho. Há quem o tenha lá como uma divindade. Ele teria
livrado o chorolado da síndrome de inferioridade em relação
aos rivais nazi-racistas.

5) É um caso para a psiquiatria a conduta dos chorolados.
Acreditam piamente na lorota do milionário da falcatrua do
judiciário gaúcho. Segundo eles, os dois gols alvinegros de
hoje surgiram de "jogadas irregulares". Vergonhoso!

6) O tal Carvalho criou um mito de que seu time é imbatível.
Só perde por conta das conspirações da arbitragem.

6) O torcedor do Inter é um caso para a ciência. O transe
paranóico não cessa de forma alguma. Segundo a malta
doente, o Corinthians foi ajudado em todos os jogos da
Copa do Brasil.

7) Conveniente ao mafioso atirar nas costas da arbitragem
a culpa de seus erros administrativos. A verdade é que o
Inter tem um time mediano, turbinado de muita mídia
mimada pelo golpista dos milhões.

8) O argentino esquentadinho Macaulay Culkin portenho ia
fazer mais uma das suas. Dessa vez, o anão de cabaré não
deu sorte. O sorriso de William foi a melhor vingança contra
o boca mole. É dele também um futebolzinho medíocre.

9) A gauchada apagou a luz para estragar a festa corinthiana.
Isso é comum por lá. Civilidade zero. Os torcedores atiraram
muitos objetos nos nossos atletas. Uma vergonha que mereceria
a interdição do Beira-Lixo.

10) Mais um prato comido frio. Uma vingança com estilo sobre
o clube da arrogância e da mutreta.

Somos todos nós campeões

Parabéns a todos que se mobilizaram para combater a campanha
do mafioso Carvalho e para requerer da mídia toda a verdade sobre
o clube das mutretas. Essa ação tática serviu para retirar a pressão
sobre a arbitragem e para travar a ação de distorção dos fatos
movida pela imprensa marrom brasileira.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Chegou o grande dia, VAI PRA CIMA CORINGÃO!

Concentração total.
Chegou o grande dia.

Juntos, façamos uma grande corrente de pensamentos e energias positivas em prol do sempre altaneiro Corinthians.

Saravá São Jorge, ele vai nos ajudar..
VAI CORINTHIANS!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

VERGONHA COLORADA

***



O mega-mafioso Fernando Carvalho divulgou seu DOSSIÊ ANTI-CORINTHIANS.

O objetivo é intimidar a arbitragem e tentar manchar a imagem do Timão.

A imprensa anti-popular dos imprensaleiros faz eco às pantomimas do falastrão do Sul, mas finge que desconhece o minucioso trabalho em que documentamos a vergonha colorada.

SEGUE O DOSSIÊ COM AS CANALHICES DO INTERNACIONAL E DO MAIS ESTÚPIDO
CARTOLA BRASILEIRO.

É FUNDAMENTAL QUE CADA UM DE NÓS SE COLOQUE NA RESISTÊNCIA
E DIVULGUE ESSAS INFORMAÇÕES, ENVIANDO-AS MAIS UMA VEZ AOS JORNALISTAS
ALICIADOS PELO ESQUEMA CARVALHO.

Ser Fiel é também assumir a responsabilidade de defender a nossa honra e tradição.


Os Negócios Obscuros do Advogado Carvalho

O mega-mafioso Fernando Carvalho tenta mais uma vez criminalizar o Corinthians e os corinthianos.

Para que não sabe, o meliante é advogado.

No Rio Grande do Sul é conhecido por atuar no judiciário da mesma forma que atua no clube.

Seu negócio é a intimidação constante. Promotores e juízes se pelam de medo do indivíduo.

Brincam lá que em seu escritório a palavra "intimação" foi substituída por "intimidação".

Foi assim que se tornou multimilionário. O caso "Banco do Brasil", por exemplo, até hoje é tido como um escândalo.

Carvalho e seu sócio ganharam R$ 22 milhões de um caso obscuro e que até hoje é motivo de vergonha para o Judiciário.

* Atuaram em nome dos dois advogados credores, seus colegas Carlos César Papaleo, Silas Nunes Goulart e Diego Sebastiá Martins.

Mas quem é Carlos Cesar Papaleo? O influente juiz aposentado do TRT, e que tinha deixado o cargo em 2.004...

Papaleo, o "papa-tudo", foi conselheiro do Inter.

Lembram de um certo Leandro Konrad Konflanz que conseguiu no Tribunal de Justiça do RS uma ação para impedir a homologação do título corinthiano de 2005?

O sujeito era funcionário do escritório do ex-juiz Papaleo, e atuou como laranja no caso. A relação foi descoberta e Papaleo alegou não saber da ação de Konflanz.

Depois disso, no entanto, o rico Papaleo chegou a abandonar o cargo de conselheiro do Inter para se dedicar ao que se chamou, na Rádio Gaúcha, de "cruzada anticorinthiana".
.
Mas vamos relembrar os esquemas do Colorado Gaúcho, o clube da intimidação e dos acordos de bastidores.


A loteria do mega-milionário Carvalho
***
Para saber mais.


Cafajestadas Coloradas por Ordem Cronológica
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Terror e Sabotagem na decisão do Campeonato Nacional

A polêmica do vestiário intoxicado em 1976
.
Rogério Micheletti
AT3

O Inter, com um grande time, bateu o Corinthians na final do BR-1976. Mas os alvinegros reclamam até hoje

Internacional e Corinthians disputarão outra vez um título nacional. E teremos final, assim como aconteceu pelo Campeonato Brasileiro de 1976.

Naqueles tempos, o Colorado gaúcho era tecnicamente melhor do que o Corinthians e, principalmente por isso, levantou a taça daquele ano.

Orquestrado em campo pelo grande craque Paulo Roberto Falcão, o Inter venceu o alvinegro do Parque em uma única partida disputada no Beira-Rio. Resultado: 2 a 0, gols de Dadá Maravilha e Valdomiro.

Mas o título do Inter é até hoje questionado por muitos corintianos, que dias antes protagonizaram a “Invasão da Fiel ao Maracanã”.

Jogadores daquele time de 1976 reclamam sobre a “recepção gaúcha” naquele 11 de dezembro, dia anterior da grande final.

“Já sentimos que não seria fácil quando chegamos no Aeroporto Salgado Filho.

O Vicente Matheus (presidente corintiano) ficou desconfiado com a água do hotel, em que estávamos hospedados. Houve ameaças de envenenamento também da comida. O almoço teria atrasado mais de uma hora e meia.

Por isso, ele pediu para comprar água em outros lugares”, conta o goleiro Tobias, que também ficou incomodado com a atitude dos torcedores do Inter.

“Na madrugada daquele dia 12, os torcedores do Inter fizeram plantão em frente ao hotel e soltaram morteiros às 2h, 3h e 4h da manhã. Só depois de muito tempo é que os funcionários do hotel resolveram chamar a polícia. Ninguém do Corinthians conseguiu dormir direito. E olha que nós estávamos no sétimo ou oitavo andar”, reclama Tobias.

O ex-atleta diz ainda que o vestiário do time visitante não tinha a mínima condição de uso.

Alegam que um cheiro muito forte, impossibilitou a permanência da equipe no local. “O segurança Caldeirão, o massagista Rocco e o roupeiro Toninho foram os primeiros a entrar no vestiário e a sentirem um cheiro forte, de produto químico.

Em seguida entraram o Vicente Matheus, o Duque (técnico) e nós jogadores. O Matheus, além do cheiro, percebeu que havia um frango preto e velas acesas no local. Ele mandou que nós saíssemos de lá imediatamente e falou que não haveria jogo”, conta Tobias.


O folclórico cartola corintiano só mudou de idéia após conversa com dirigentes do clube gaúcho.

“O Matheus bateu o pé. Por isso, o Inter teve de ceder um outro vestiário, que era usado pelo time juvenil deles.

O local também não era grande coisa, mas era melhor do que o vestiário do time visitante. E, pelo menos, não tinha tanto cheiro, nem macumba”, conta Tobias, que testemunhou o sofrimento dos quase 15 mil corintianos nas arquibancadas do estádio colorado.

“Estava um calor intenso, mais de 30 graus. Eu via os bombeiros jogando água no Internacional. Mas quando se aproximavam da torcida do Corinthians, eles desligavam a água. Faltou solidariedade”, revela.

Também há informações de torcedores, que viajaram até a capital gaúcha para ver aquela final, de que não havia água nas torneiras dos banheiros -no espaço destinado à Fiel Torcida- e que os vendedores não trafegavam no local.

“Algumas atitudes não foram dignas de uma grande final. Foi mesmo uma batalha muito difícil. Dentro e fora de campo”, finaliza Tobias.


Resumo das Cafajestadas Final de 1.976
***
1) Apenas um jogo, no Rio Grande do Sul. Árbitro tradicionalmente avesso ao Corinthians: José Roberto Wright. Desde o jogo "pagamento" da transferência
de Rivellino era um árbitro antipático ao Corinthians.

2) Torcedores corinthianos barrados na entrada da cidade por brigadianos gaúchos. Tiveram que deitar no asfalto fervente. Muitos foram pisados por soldados que riam dos "paulistas". Esse terror durou horas.

3) Time não conseguiu dormir. Foguetório na porta do hotel e buzinaço. A polícia não interveio.

4) Uma janela explodiu. Clima de terror. Jogadores só puderam pegar no sono após as 4 horas da manhã.

5) Água com gosto e aroma estranhos. Matheus teve de mandar comprar água fora do hotel.

6) Ameaça de envenenamento da comida. Atrasou o almoço.

7) Vestiários tinham sido envenenados por inseticidas. Jogadores tiveram severos problemas nos olhos e problemas respiratórios.

8) Gol legítimo do Corinthians anulado quando a partida ainda estava empatada.

9) Agressões da torcida que transformou o estádio num inferno. Torcedores corinthianos foram confinados, sem água e sem acesso aos banheiros.

10) Corpo de bombeiros irrigou torcida do Inter, mas não o fez exatamente no trecho em que estavam os irmãos corinthianos.
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O estádio foi transformado em campo de batalha. Até mesmo os brigadianos tiveram de se esconder.

Duque ameaçou tirar o time de campo.


1992: Pênalti Inventado Na Final da Copa do Brasil
***
Final da Copa do Brasil 1992. Fim do jogo e o Fluminense está para conquistar
a taça. O juiz José Aparecido de Oliveria, o mesmo do Esquema Parmalat, inventa um penalti a favor do inter.
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Célio Silva bate, faz e tira o título legítimo do time carioca.

José Aparecido sai rindo de campo.


O Vergonhoso Caso Sandro Hiroshi
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Na terceira rodada do Brasileirão de 1999 (no dia 4 de agosto), o SPFC goleou o Botafogo por 6x1.

Poucos dias depois, o alvinegro entrou com um pedido de anulação dessa partida alegando que, em razão do "bloqueio" de seu passe, o atacante Sandro Hiroshi (que esteve em campo naquela goleada) teria atuado irregularmente.

Esse pedido só foi julgado pelo Comissão Disciplinar do TJD em 19 de outubro (ocasião em que o clube carioca já corria sério risco de rebaixamento à Série B), quando simplesmente forjou-se uma interpretação do "bloqueio" segundo a qual o jogador realmente teria atuado de forma irregular.

Absurdo jurídico

Com isso, a Comissão Disciplinar, valendo-se de uma versão obsoleta do CBDF (Código Brasileiro Disciplinar do Futebol), tirou do SPFC o os três pontos daquela goleada e os entregou ao Botafogo.

O time paulista recorreu ao TJD, alegando que havia dezenas de outros jogadores com o passe "bloqueado" e consequentemente em situação tão "irregular" quanto a de Sandro Hiroshi.

Em julgamento realizado no dia 3 de novembro, porém, o TJD (que atuou "ilegalmente", pois o tribunal estava formado exclusivamente por membros indicados pela OAB-RJ quando, de acordo com a lei, os representantes deveriam ser apontados pela OAB nacional) apenas ratificou a decisão da primeira instância.

Posteriormente, o Internacional (que também brigava desesperadamente contra o rebaixamento) também ganhou da Comissão Disciplinar o ponto do seu jogo contra o São Paulo, em virtude da suposta "escalação irregular" de Sandro Hiroshi.

Com esses pontos, o Botafogo acabou salvo do rebaixamento à Série B.

Diferentemente do Botafogo o Internacional ganhou um ponto, pois havia empatado o jogo contra o São Paulo. Foi fundamental para que se livrasse da série B, numa ação que envolveu outras ações de bastidores do time gaúcho.


Cafajestadas do jogo final de 1999
***
Aos 36 minutos, o atacante Celso tentou dar um balãozinho sobre Galeano.

Houve uma trombada e o juiz assinalou falta.

Ele cobrou. Dunga aproveitou erro na marcação palmeirense (Agnaldo e Marcos estavam em cima da linha, evitando o impedimento) e deu uma casquinha de cabeça. Gol, 1x0.

Depois disto o jogo virou várzea: apareceram bolas a mais em campo, sumiram os gandulas.

Alguém" mandou apagar a luz do estádio e o jogo ficou suspenso por 20 minutos.

Em seu retorno, o atacante palmeirense Pena quase empatou, perdendo gol feito nos acréscimos.

Vídeo mostra a luz se apagando.




A farsa colorada de 2005
***
"A VERDADE VARRIDA PARA DEBAIXO DO TAPETE"

Nove casos de graves erros favoráveis ao Sport Club Internacional, em 2005.

Os lances abaixo podem ser conferidos pelos assinantes do Globo Media Center. É preciso ser assinante.

1) Cruzeiro 3 x 2 Internacional (2ª rodada - Mineirão - 02/05)
- Gol ilegal de Rafael Sobis, em claro impedimento.
- Pênalti claro não marcado para o Cruzeiro.

2) Internacional 1 x 0 Fortaleza (6ª rodada - Beira-Rio - 29/05)
- Pênalti para o Fortaleza não marcado no fim do 1º tempo. Vejam que o resultado foi apenas de 1 a 0.

3) Internacional 2 x 1 São Caetano (10ª rodada - Beira-Rio - 03/07)
- Gol legal do São Caetano anulado. O impedimento não existiu.

4) Paysandu 1 x 2 Internacional (14ª rodada - Mangueirão - 24/07)
- Gol legalíssimo de Leandro, do Paysandu, anulado.
- Expulsão injusta de Robgol.
- Pênalti extremamente duvidoso aos 32 minutos do segundo tempo em favor do Inter.

5) Internacional 3 x 0 Figueirense (25ª rodada - Beira Rio - 11/09)
- Gol legal do Figueirense anulado quando o jogo ainda estava 1x0. O impedimento alegado não existiu.

6) Internacional 3 x 1 Vasco (32ª rodada - Beira Rio - 16/10)
- Gol legal de Alex Dias é anulado em momento decisivo da partida.
- Fernandão apara a bola com a mão antes de tocar para assinalar o terceiro gol.

7) Internacional 3 x 2 Coritiba (Repetição da 21ª rodada - Beira-Rio - 28/10)

- Ricardinho carrega a bola pela linha de fundo, a bola sai mais de um palmo para fora da linha. O juiz manda seguir e marca pênalti para o Inter na seqüência do lance. Fernandão acerta o gol e abre o placar.

- O atacante Rentería deveria ter sido expulso aos 30 min. do 2o tempo por trocar socos e pontapes com o lateral-direito do Coritiba, Rodrigo Batatinha, numa confusão gerada após o jogador do Inter ter agarrado e empurrado o jogador do Coritiba que saía pela lateral para ser substituído.

8) Internacional x Ponte Preta (37a. rodada - Beira Rio - 06/ Novembro)

- O zagueiro Ediglê se apoia e faz carga sobre o defensor da Ponte aos 3 minutos do 2o tempo e marca o 2o gol do Internacional.

9) Internacional 1 x 0 Brasiliense (39ª rodada - Beira Rio - 16/11)
- Gol irregular do Inter aos 46 minutos do 2º tempo. Jogador claramente impedido toma parte no lance.
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Veja vídeo que comprova o impedimento do jogador Iarley, que inicia o lance em que a bola vai para a área, e termina com o gol de Márcio Mossoró. Ele corre para o meio da área em posição de impedimento, e toca a bola pra trás.


Corinthians prejudicado pelo esquema
***
JOGOS EM QUE O TIMÃO SOFREU COM A MÁFIA DE CARVALHO(2005)
...
Nove Jogos em que o Corinthians foi prejudicado

1) Corinthians 2 x 2 Juventude (1ª Rodada - Pacaembu - 24/04)
- Gol legítimo de Jô, mal anulado por impedimento.

2) Corinthians 0 x 2 São Caetano (18ª rodada - Pacaembu - 06/08)
- Dimba marca, em claro impedimento, o primeiro gol do São Caetano. (fonte UOL: " Logo aos 2min, Pingo arrancou pela direita e cruzou. Dimba, atrás da defesa e em posição de impedimento, desviou para abrir o placar.")

3) Internacional 0 x 0 Corinthians (19ª rodada - Beira-Rio - 10/08)
- Pênalti claro em Jô, não marcado.

4) Corinthians 3 x 3 Botafogo (23ª rodada - Pacaembu - 28/08)
- Falta inexistente em Ramón. Ele bate e faz o gol de empate do Botafogo quando o jogo estava 2 x 1.

5) Santos 4 x 2 Corinthians (16o. Rodada - Vila Belmiro - Jogo anulado)

- Pênalti em Jô, não assinalado pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho.

6) Santos 2 x 3 Corinthians (Repetição da 16ª Rodada - Vila Belmiro - 13/10)


- Pênalti de Saulo em Nilmar não marcado. (fonte UOL: "Aos 18min, Nilmar roubou a bola do zagueiro Rogério e avançou na grande área, até ser derrubado por Saulo. O árbitro, no entanto, errou e não marcou penalidade máxima a favor do Corinthians.")
- Saulo chuta, provoca e xinga Carlos Alberto, que não revida a agressão. Somente Carlos Alberto é expulso.

7) Corinthians 2 x 3 São Paulo (24a. rodada - Morumbi - Jogo anulado)

- Intimidação de Edílson Pereira de Carvalho contra os argentinos Sebá e Tevez.

- Falta criminosa de Mineiro em Jô, não punida pelo árbitro.

8) Corinthians 1 x 1 São Paulo (Repetição da 24ª rodada - Morumbi - 24/10)

Falta clara de Fabão em Carlos Alberto, em lance para cartão amarelo (seria o segundo, o que resultaria em vermelho). O árbitro Carlos Eugênio Simon deu falta de Carlos Alberto e ainda o puniu com cartão amarelo, seu terceiro, que o tirou da partida contra o Paysandu. Na seqüência do lance, gol de empate do São Paulo.

Esquema criminoso funciona no último jogo

9) Goiás 3 x 2 Corinthians (38. rodada – Serra Dourada)

Segundo gol do Goiás marcado por Souza, em claro impedimento, aos 25 minutos do segundo tempo. Com o empate, o Corinthians seria campeão mesmo sem os jogos remarcados.


O escândalo Inter x Nacional, em 2006
***
Relembrando a maneira como Inter chegou às quartas de final da
Libertadores de 2.006.

UOL / 03/05/2006

Internacional empata e avança na Libertadores

Árbitro anula dois gols de time uruguaio

O Nacional mostrou, assim que a partida começou, que seria mesmo ofensivo, como prometera o treinador Martín Lasarte. A iniciativa foi de seu time, que mais disposto ganhava as divididas na zona central do gramado e investia com força e fazia cruzamentos para a área colorada.

Foi assim que, logo aos 5min, numa falta cobrada da ponta direita, a bola foi desviada pelo zagueiro Bolívar e chegou até Vanzini, que no segundo pau subiu bem e cabeceou para a rede do Inter.

O árbitro paraguaio Carlos Torres, atendendo a uma marcação equivocada do auxiliar, anulou o que seria o 1x0 do Nacional.

.

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(...)

Veio a segunda etapa, com os times mantendo as mesmas formações e o Inter, naqueles minutos iniciais, dando demonstrações de uma gana maior. Mas o primeiro lance de perigo foi, como ocorrera no primeiro tempo, a favor dos uruguaios.

Clemer não segurou a bola levantada para sua área e possibilitou que, na confusão, Vanzini empurrasse para a rede.

Outra vez o lance foi anulado, porque o goleiro do Inter teria sofrido falta, na visão do árbitro paraguaio.


E assim o Inter usou a arbitragem para chegar às quartas-de-final da competição.


Escândalo no Beira-Rio
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04/05/2006 - 15h06

Imprensa uruguaia culpa juiz por eliminação do Nacional

Da EFE
Em Montevidéu (Uruguai)

A imprensa uruguaia afirmou hoje que a má atuação do árbitro paraguaio Carlos Torres determinou a eliminação do Nacional da Copa Libertadores pelo Internacional de Porto Alegre, após um empate sem gols no Beira-Rio.

"O Nacional poderia ter conseguido a façanha, mas o árbitro não quis", disse o El País, acrescentando que "a equipe uruguaia não jogou pior que o Internacional e se despediu da competição de cabeça erguida".

"Se não fossem os árbitros paraguaios, o Nacional poderia ter conseguido uma classificação que quase perdeu uma semana antes em Montevidéu", destacou a publicação, lembrando a derrota por 2 a 1 na
partida de ida, na capital uruguaia.

"Eliminados por roubo" foi a manchete do Ultimas Noticias. O
jornal disse ainda que "o Nacional teve uma boa atuação e mereceu passar de fase, mas o paraguaio Torres não validou dois gols legais
de Marco Vanzini".

A publicação insistiu que "com roubo não há milagre", em referência ao fato de a equipe uruguaia ter de vencer o Internacional por dois gols de diferença para assegurar sua vaga nas quartas.

Já o El Observador destacou que o time uruguaio "teve os méritos em campo para avançar, mas se deparou com uma arbitragem tendenciosa e foi eliminado, mas com a cabeça erguida", afirma.

Afanação escandalosa até mesmo na Sulamericana


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Gol legal do Estudiantes na final da Sulamericana.

O jogador que faz o gol vem de trás, claramente. Roubo descarado.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Um anão reacionário, mas muito muito sensível...

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Mano Menezes é muito mau... Quem mandou contar pra todo mundo?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A Verdade Sobre a Covardia de 1.976



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1) Apenas um jogo, no Rio Grande do Sul.

2) Árbitro tradicionalmente avesso ao Corinthians: José Roberto Wright.

3) Torcedores corinthianos barrados na entrada da cidade por brigadianos gaúchos. Tiveram que se deitar no asfalto fervente. Muitos foram pisados por soldados que riam dos "paulistas". Esse terror durou horas.

4) Time não conseguiu dormir. Foguetório na porta do hotel e buzinaço. A polícia não interveio.

5) Uma janela explodiu. Clima de terror. Jogadores só puderam pegar no sono após as 4 horas da manhã.

6) Água com sabor e aroma estranhos. Matheus teve de mandar comprar água fora do hotel.

7) Ameaça de envenenamento da comida. Atrasou o almoço.

8) Vestiários tinham sido envenenados por inseticidas. Jogadores tiveram severos problemas nos olhos e problemas respiratórios.

9) Gol legítimo do Corinthians anulado quando a partida ainda estava empatada.

10) Agressões da torcida que transformou o estádio num inferno. (Ver vídeo) Torcedores corinthianos foram confinados, sem água e sem acesso aos banheiros.

11) Corpo de bombeiros irrigou torcida do Inter, mas não o fez exatamente no trecho em que estavam os irmãos corinthianos.

Esta é a moral colorada. Ponto final.

Materia de Rogério Michelleti para o A3T


A polêmica do vestiário intoxicado em 1976.

Rogério Micheletti
AT3

O Inter, com um grande time, bateu o Corinthians na final do BR-1976. Mas os alvinegros reclamam até hoje

Internacional e Corinthians disputarão outra vez um título nacional. E teremos final, assim como aconteceu pelo Campeonato Brasileiro de 1976.

Naqueles tempos, o Colorado gaúcho era tecnicamente melhor do que o Corinthians e, principalmente por isso, levantou a taça daquele ano.

Orquestrado em campo pelo grande craque Paulo Roberto Falcão, o Inter venceu o alvinegro do Parque em uma única partida disputada no Beira-Rio. Resultado: 2 a 0, gols de Dadá Maravilha e Valdomiro.

Mas o título do Inter é até hoje questionado por muitos corintianos, que dias antes protagonizaram a “Invasão da Fiel ao Maracanã”.

Jogadores daquele time de 1976 reclamam sobre a “recepção gaúcha” naquele 11 de dezembro, dia anterior da grande final.

“Já sentimos que não seria fácil quando chegamos no Aeroporto Salgado Filho.

O Vicente Matheus (presidente corintiano) ficou desconfiado com a água do hotel, em que estávamos hospedados. Houve ameaças de envenenamento também da comida. O almoço teria atrasado mais de uma hora e meia.

Por isso, ele pediu para comprar água em outros lugares”, conta o goleiro Tobias, que também ficou incomodado com a atitude dos torcedores do Inter.

“Na madrugada daquele dia 12, os torcedores do Inter fizeram plantão em frente ao hotel e soltaram morteiros às 2h, 3h e 4h da manhã. Só depois de muito tempo é que os funcionários do hotel resolveram chamar a polícia. Ninguém do Corinthians conseguiu dormir direito. E olha que nós estávamos no sétimo ou oitavo andar”, reclama Tobias.

O ex-atleta diz ainda que o vestiário do time visitante não tinha a mínima condição de uso.

Alegam que um cheiro muito forte, impossibilitou a permanência da equipe no local. “O segurança Caldeirão, o massagista Rocco e o roupeiro Toninho foram os primeiros a entrar no vestiário e a sentirem um cheiro forte, de produto químico.

Em seguida entraram o Vicente Matheus, o Duque (técnico) e nós jogadores. Ele mandou que nós saíssemos de lá imediatamente e falou que não haveria jogo”, conta Tobias.

O folclórico cartola corintiano só mudou de idéia após conversa com dirigentes do clube gaúcho.

“O Matheus bateu o pé. Por isso, o Inter teve de ceder um outro vestiário, que era usado pelo time juvenil deles.

O local também não era grande coisa, mas era melhor do que o vestiário do time visitante. E, pelo menos, não tinha tanto cheiro”, conta Tobias, que testemunhou o sofrimento dos quase 15 mil corintianos nas arquibancadas do estádio colorado.

“Estava um calor intenso, mais de 30 graus. Eu via os bombeiros jogando água no Internacional. Mas quando se aproximavam da torcida do Corinthians, eles desligavam a água. Faltou solidariedade”, revela.

Também há informações de torcedores, que viajaram até a capital gaúcha para ver aquela final, de que não havia água nas torneiras dos banheiros -no espaço destinado à Fiel Torcida- e que os vendedores não trafegavam no local.

“Algumas atitudes não foram dignas de uma grande final. Foi mesmo uma batalha muito difícil. Dentro e fora de campo”, finaliza Tobias.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Carta aos 16 Guerreiros de Jorge

Por Giulio Calábria

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Senhores Atletas e Sr. Luis Antônio Venker Menezes,

Chegou o grande dia, o dia da grande batalha do Pacaembu.

Chegou o dia 17, mais um 7 na trajetória do time da Rua S. Jorge, 777, do título histórico de 77 e de tantos craques que envergaram a camisa 7.

Falamos de 16 guerreiros. 1 + 6 = 7. Mas quem são eles?

Os 11 titulares, os três reservas que eventualmente entrarão durante o jogo, o técnico e a Fiel.

Seremos 16 a enfrentar o desafio de amanhã.

De um lado, estará o Internacional, com todo seu poder nos bastidores, toda sua influência sobre as arbitragens, toda sua arrogância e todo o apoio que recebe da mídia.

Estarão também os anti-corinthianos, os que invejam de morte o Corinthians, a maior instituição popular do Brasil.

Do lado de cá, os valentes 16, os guerreiros de Jorge, aqueles comprometidos com a causa do povo sofrido, com a verdade, com a magia agregadora do futebol.

Que você, Mano, continue a liderar um time "altaneiro", como é o nosso Timão, e instrua seu exército a buscar a vitória, pelo maior número possível de gols.

Eles não terão vários titulares, e é nossa chance de dar um enorme passo rumo à conquista deste título nacional.


Que você, Felipe, tenha a elasticidade, a visão e a coragem demonstrada nos últimos jogos.

Que você, Alessandro, seja nosso poderoso pulmão, a saída de bola perfeita.

Que você, Chicão, seja nosso símbolo de garra, a perfeição na falta cobrada.

Que você, William, seja o nosso cérebro, gestor em campo.

Que você, Diego, continue honrando a tradição de nossa base.

Que você, Cristian, seja o nosso valente soldado, sempre identificado com a Fiel.

Que você, Elias, continue sendo nosso bom profeta, como foi Ezequiel.

Que você, Douglas, seja o intelecto, o atilado criador de jogadas.

Que você, Jorge, honre o nome do santo, sem esmorecer jamais.

Que você, Dentinho, una a técnica à raça e objetividade.

Que você, Ronaldo, mostre uma vez mais que é o maior do mundo.

Que você, Fiel, saiba ser o suporte vivo de um sonho.


Vamos Corinthians! Não para de lutar.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Mauro Carrara: sobre a USP, o Corinthians, a Petrobras

"Desesperados, os comunistas arremessavam flores envenenadas na tentativa de matarem os soldados de alergia ou choque anafilático."

Crédito da foto: http://hariprado.wordpress.com/2009/06/09/debelado-foco-guerrilheiro-na-usp/

A USP, o Corinthians, a Petrobras e o casamento caipira

Anavantur, anarriê, balancê, otrefoá...

Por Mauro Carrara

Neste junho, aguardava eu o bálsamo nostálgico dos folguedos juninos. Pensava em quentão, pipoca e casamento caipira. Não existe ritual mais revelador da identidade brasileira que a boda dos desdentados, mistura do cordel mouro, da bufonaria saltimbanca européia e do baile francês de salão; tudo isso curtido no azeite cultural afro-brasileiro e indígena.

De alguma forma, o casamento caipira é nossa mais doce mentira, aquela necessária à aplacação dos tormentos da alma. Entre a noiva dengosa e o parceiro fanfarrão, estabelece-se um acordo de tempo marcado, tesouro civil numa época em que ainda não se admitia o divórcio.

Os padrinhos endossam a união efêmera e contente, tão verdadeira quanto seus bigodes de carvão. Tem o delegado de olho pidão, à espera de um agrado informal. Mas melhor mesmo é a figura do padre celebrante, cuja figura discretamente farrombeira satiriza todo e qualquer poder institucional.

Era esse teatro burlesco que me convidava ao Brasil. Cogitei até de bailar a quadrilha. Ando meio enferrujado, mas não teria dificuldade em passar pelo túnel de braços.

Depois de enfrentar o Adamastor do Atlântico, posei os pés em Cumbica. E aí fui me dando conta do drama junino brasileiro.

Bastou que uma consultoria apontasse a Petrobras como uma das empresas de melhor reputação no mundo e a súcia senatória contra ela assestou suas espingardinhas enferrujadas. Francamente, já cansou. Como é que o brasileiro ainda tolera os dramas enfadonhos de Agripino Maia, Arthur Virgílio, Álvaro Dias e Heráclito Fortes?

Pé nos fundilhos deles! Ação direta, já! Mandatos cassados por falta de decoro humorístico nas artes de Pinóquio. Maior crime: a insistência. Como dizia Terêncio, uma mentira vem sempre no encalço de outra.

Aí, estarrecido, descubro o que ocorreu com a turma de São Jorge. A polícia serrista resolveu parar 50 corinthianos no trajeto de 700 vascaínos. Viu de camarote o pau comer.

Um promotor de supermercado teve o rosto destruído. Tomaram-lhe as roupas e os documentos. Morreu. E aí a força policial levou os assassinos até o estádio do Pacaembu, como prêmio. Lá, os cruzados da infâmia exibiram com orgulho os bens do rapaz morto.

Um repórter de TV chegou a gravar a exibição dos troféus da barbárie, mas a polícia bicuda ignorou o fato e as evidências. O criminoso retornou ao Rio, bazofiando-se da proeza. Um promotor holofoteiro foi destacado para divulgar uma versão ridícula dos fatos, obviamente reproduzida pela imprensa zumbi de pena alugada.

Aí, assoma ao palco da notícia a nossa USP, agora sucateada, emburrecida, transformada no balcão educativo da divindade protetora dos mercados. Lá, conforme decisão do ex-líder estudantil Serra, os brucutus da PM é que discutem o contrato social.

Na academia, o debate ocorre na ponta do cassetete, ao aroma do gás de pimenta. Diante da violência da tropa, o conciliador sindicalista Brandão quis negociar, apaziguar, mas acabou preso, acusado de “desacatar a otoridade”.

Os estudantes e funcionários resolveram copiar 68, entregando flores aos milicianos. Não funcionou. A retribuição se deu com bombas de gás lacrimogêneo e duros projéteis de borracha.

Os escribas de José Serra, acantonados na Barão de Limeira e na Marginal do Tietê, logicamente, reproduziram a versão oficial. Acusaram os reclamantes de baderneiros e fizeram essa versão circular na mídia satélite, que inclui portais de Internet e emissoras de rádio.

Esta, pois, é a chocarrice encenada pela vanguarda do atraso nas vésperas do Santo Antônio. Os roteiros são escritos pela eterna malta golpista, pelo chateadinho FHC (desde Obama reconheceu as virtudes de Lula), pelo alucinado José Serra e pelos repórteres na coleira. As versões refinadas da farsa são tecidas diariamente por articulistas cafetinados pelos barões da mídia.

Repito: prefiro a festa matuta. Tem zabumba, sanfona e triângulo. Anavantur, anarriê, balancê, otrefoá... Grande roda à direita. Preparar para o grande galope. Preparar o serrote. Passeio na roça com roda. Passeio do amor à esquerda. Changê de damas. Roda à direita e à esquerda. Preparar para o túnel. Olha a chuva! É mentira! Olha a ponte! É mentira! Olha o Jornal Nacional! E mentira. Prepara o caracol. Retire. C’est fini.

Mauro Carrara é jornalista, nascido em 1939, no Brás, em São Paulo. Na década de 80, prestou serviços para a ONU em países como China, Iraque e Marrocos. Atua na área de comunicação e relações internacionais.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Matou um igual e foi assistir ao jogo

Ótimo artigo publicado no Observatório de Imprensa, sobre o caso Clayton.
É importante que todos comentem e divulguem o artigo, o Observatório de Imprensa é um dos canais mais respeitados da imprensa brasileira. Aos poucos, vamos ganhando espaços para que a verdade seja esclarecida. Se a imprensa em sua maioria não se compromete com a verdade dos fatos, façamos nossa parte.

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http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=541IMQ001

Matou um igual e foi assistir ao jogo

Por Walter Falceta Jr. em 9/6/2009

Na virada fria de quarta para quinta-feira (4/6), o repórter Fábio Lucas Neves, da TV Bandeirantes, produzia a típica "matéria de ambiente", depois do empate sem gols que classificara o Corinthians para a final da Copa do Brasil, em São Paulo. Nas arquibancadas do estádio do Pacaembu, ao buscar os personagens para sua reportagem, percebeu que vários vascaínos estavam feridos e que alguns tinham as roupas tingidas de sangue.

Nesse momento, descobriu que algo grave ocorrera cerca de três horas antes. Segundo os torcedores, violento embate fora travado com corintianos nas proximidades da Ponte das Bandeiras, na Marginal Tietê. Os brigões recusaram-se a aparecer diante das câmeras, mas apresentaram alguns troféus da batalha, como bonés, gorros e camisas tomados dos rivais paulistas.

Logo, com orgulho selvagem, exibiram ao jornalista uma carteira de associado da Gaviões da Fiel, cuja imagem foi gravada pelo cinegrafista Alexandre Ribeiro, o "Cabeção". Pertencia a um certo Clayton Ferreira de Souza, que segundo a data de nascimento deveria contar 27 anos de idade.

– Batemos muito, acabamos com ele – jactava-se um fanático cruzmaltino.

Em seguida, Neves e o cinegrafista puseram-se a documentar o incêndio que consumia um dos ônibus alugados pelos visitantes. Nesse momento, ignoravam que o corintiano Clayton, um promotor de vendas de supermercado, morador da Vila Industrial, na periferia da Zona Leste paulistana, já estivesse morto.

Status de verdade

Neves teria seu esforço de reportagem valorizado na tarde de quinta-feira (4), quando o corpo do jovem foi identificado pela família. "De repente, eu vi que o nome era o mesmo", relata. "Embora eu já cogitasse dessa hipótese, foi um choque."

Esta é apenas uma das inúmeras pontas de uma história de horror cuja coerência escapou à polícia, à promotoria e à grande imprensa. Inúmeras versões chegaram prontamente às páginas dos jornais, às telinhas e telonas, muitas delas tolas ou inverossímeis.

Na madrugada de quinta-feira, a Gazeta Esportiva Net decretava:

"Um ônibus da torcida do Corinthians sofreu uma emboscada. Palmeirenses e vascaínos, que possuem relação amistosa, atacaram os rivais. O tumulto culminou com a morte de um corintiano."

Em matéria levada ao ar às 12h52, a Agência Estado, apresentava outro enredo para a tragédia, baseado em declarações à TV Globo do major Alfredo Donizete Rodrigues de Souza, subcomandante do 2º Batalhão de Choque da PM paulista:

"O confronto começou por acaso, porque um ônibus de corintianos cruzou com o comboio de vascaínos e eles começaram a se provocar – declarou."

Nesse momento, entretanto, uma terceira versão já fora apresentada à imprensa. Às 13h19, por exemplo, o G1 trazia matéria em que o promotor Paulo Castilho, encarregado de combater a violência nos estádios, acusava os corintianos de terem armado a emboscada. Segundo ele, cerca de 50 torcedores da facção Rua São Jorge, uma dissidência da Gaviões da Fiel, distribuídos em um ônibus e quatro carros de passeio, esperaram pelos vascaínos com barras de ferro e armas de fogo. Os cariocas eram cerca de 650, distribuídos em 15 ônibus.

"Eles vieram em paz, mas tiveram que revidar", declarou o promotor ao diário Lance!. Ao Observatório, afirmou que as outras versões eram fantasiosas. "Esse grupo da Rua São Jorge já havia provocado problemas na Baixada Santista", disse.

A partir desse momento, a narrativa adquiriu status de verdade para a grande imprensa, em São Paulo e no Rio de Janeiro. A cobertura limitou-se a reproduzir a história do promotor e da delegada encarregada do caso. Por horas, não se encontrou nos canais de informação qualquer testemunho dos torcedores envolvidos no conflito.

Pautas e fios

O promotor Castilho adiantou-se em pedir a "torcida única" nos estádios de futebol. A solicitação foi imediatamente endossada pela Polícia Militar e divulgada nos principais portais de notícias na internet.

Parecia findo o rito sumário de construção da notícia. A polícia fizera o possível. A exclusão da presença de adversários restituiria a tranquilidade ao mundo do futebol.

À noite, no entanto, a jornalista Leonor Macedo, 26 anos, que hospeda seu blog no site da revista TPM, resolveu expor os resultados de sua investigação jornalística. Depois de ouvir vários torcedores, apresentou outra versão para a ocorrência (ver aqui; outros post sobre o caso no blog eneaotil).

Retidos numa blitz da polícia, nas proximidades do Clube Espéria, os corintianos teriam sido alcançados pelo comboio vascaíno. Em ampla maioria, de dez para um, os cariocas teriam iniciado o massacre.

"Não quero dizer que os paulistas sejam santinhos, mas não me parece razoável que mobilizassem apenas 50 pessoas para enfrentar 500", diz Leonor. "Também é difícil acreditar que os policiais supostamente presentes não tenham sido capazes de impedir o conflito e evitar os linchamentos."

Segundo a jornalista, é estarrecedor saber que a força policial tenha facultado aos assassinos assistir ao jogo, levando ainda como prêmio os pertences de Clayton. "Também vale questionar a razão pela qual a PM se recusou a realizar a escolta do grupo Rua São Jorge e se essa omissão não os levou a constituir a própria defesa", afirma. "Tudo isso é vital à compreensão do caso, mas o que se vê é uma cobertura jornalística chapa-branca, de viés conservador e que despreza a informação divergente."

O trabalho pessoal da repórter reacendeu o debate sobre o caso e também sobre a conduta da imprensa ao noticiar o episódio. Na sexta-feira (5/6), pela manhã, o jornalista Luciano Martins tratou do tema no programa radiofônico deste Observatório, na Rádio Cultura, considerando a hipótese de um gravíssimo erro tático da polícia. "A versão oficial, defendida pelo promotor encarregado do caso, é quase inverossímil, mas a imprensa compra a história sem ouvir testemunhas", afirmou.

Na tarde desse mesmo dia, em matéria de destaque, o portal UOL reproduzia sem dissonância a tese da emboscada corintiana e do "potencial violento" da dissidência da Gaviões da Fiel, repetindo informações da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

A redação paulista do diário Lance!, ao contrário, agitava-se no exercício da dúvida e preparava uma matéria especial sobre os enigmas da "batalha da Marginal". "Essa história é um quebra-cabeças em que as peças definitivamente não se encaixam", disse Marcel Merguizo, um dos editores do jornal. "Se queremos fazer bom jornalismo, não podemos aceitar simplesmente a versão oficial."

O repórter Rodrigo Vessoni, enroscado em pautas e fios de telefone, buscava escrever sobre o futebol corintiano e, simultaneamente, obter mais informações sobre o conflito. "A história tecida não confere com os fatos", dizia. "Como é possível que a polícia tenha levado os assassinos até o estádio para assistir ao jogo?".

Cultura subterrânea

De fato, logo após o conflito, a polícia deteve dezenas de corintianos. Um palmeirense e dois vascaínos prestaram esclarecimentos, na qualidade de testemunhas. Quarenta e oito horas depois da trágica ocorrência, não havia qualquer pista concreta do assassino de Clayton.

À hipótese do erro tático somou-se a da negligência. Segundo o promotor Castilho, 22 homens da PM escoltavam o comboio dos cariocas. Nos depoimentos colhidos pelo repórter Fabio Lucas Neves, porém, os vascaínos afirmavam ter chegado ao local do conflito sem qualquer proteção policial. "Acredito na hipótese da emboscada corintiana, mas é fundamental verificar se faz sentido a história contada pelos torcedores do Vasco", afirmava Neves, no fim da tarde de sexta-feira (5). Até aquele momento, a polícia desprezara seu auxílio nas investigações.

Naquele momento, em casa, Neves se preparava para participar de uma festa junina com a família, mas ainda não havia tirado do pensamento a imagem da carteirinha transformada em troféu. Simultaneamente, na Vila Industrial, a família de Clayton Souza cogitava de processar o Corinthians e o estado de São Paulo. Nos portais de internet, o tema já desaparecera das páginas principais.

Matar e espairecer pode constituir-se em evento escandaloso, ainda que menos raro do que se imagina. Entre nós, o entretenimento sucede, com frequência, a infração grave. Não é à toa que se enxerga com certa paralisia complacente a saga do protagonista de Matou a família e foi ao cinema, de Julio Bressane, de 1969, filme cujo apelo temático rendeu um remake, em 1991, dirigido por Neville de Almeida.


Em Tempo

1. Na segunda-feira (8/6) à tarde, o repórter Fabio Lucas Neves (que gravou as imagens da carteira de Clayton nas mãos dos vascaínos) ainda não tinha sido contatado pelos responsáveis pelo inquérito.

2. Nas edições de sexta, sábado e domingo, os repórteres do diário Lance! publicaram várias reportagens que exibiam as incongruências na versão oficial. Seguiam um caminho de investigação desprezado pela grande imprensa.

3. Segundo o promotor Paulo Castilho, não teria ocorrido a visita dos vascaínos à sede dos aliados da torcida Mancha Alviverde. Em sua edição de segunda-feira (8), entretanto, o diário Lance! apresenta links para uma série de vídeos no Youtube que provam esse encontro antes do jogo.

4. Fotos do conflito, publicadas em páginas de vascaínos em sites de relacionamento, comprovavam que esses também portavam artefatos explosivos. Essas imagens também mostravam que o comboio carioca havia, sim, ultrapassado o local onde estariam os corintianos.

5. Na segunda-feira, ainda não havia qualquer pista dos assassinos de Clayton Souza.

***

Abaixo, alguns vídeos que contradizem a versão dada pelo promotor Paulo Castilho de que os vascaínos não teriam ido a sede da Mancha Verde. E agora, sr. Promotor?



FJV chegando na sede da Mancha



FJV saindo da sede da Mancha