sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Devolvam o SCCP a seu Povo


A Nação Corinthiana está perplexa. Alcançamos Fevereiro de 2011 em fúria. O Sport Club Corinthians Paulista vive momento único de humilhação, desmando e destruição de sua cultura e tradição.

O Corinthians nasceu para ser o time do povo. E para ser por ele construído, conforme estabeleceram os heróis fundadores, no Bom Retiro, em 1910.

Hoje, no entanto, esses valores estão sendo solapados por uma política interna de elitização, loteamento e apropriação indébita.

O clube que orgulhosamente nasceu dos operários, carroceiros e lavadeiras mantém hoje um vergonhoso regime de “apartheid”, no qual a maior parte dos ingressos é reservado aos mais favorecidos.

Os mais humildes, muitas vezes os mais apaixonados pelo Timão, são trancados do lado de fora dos estádios. Para os dirigentes do clube, essa segregação é inevitável e chique.

Lamentável que se patrocine na agremiação um processo contrário àquele em curso no país. Se o Brasil incluiu milhões de cidadãos, Andres Sanchez e L. P. Rosenberg excluem.

Esse desvario elitista afasta hoje até mesmo a classe média dos estádios. Ingressos de setores como a Especial Laranja tiveram aumento de até 500% nos últimos anos.

Isto é um acinte, um atentado contra os pilares da estabilidade econômica.

Muitos desses fiéis de razoável poder aquisitivo foram obrigados a migrar para as arquibancadas e tobogã do Pacaembu, obviamente reduzindo os lugares destinados aos trabalhadores de menor poder aquisitivo.

Essa prática sistematizada de elitização tem esvaziado as áreas de público nas laterais do campo. Dessa forma, reduziu-se tremendamente o impacto do fator torcida nas partidas do time.

Todo esse projeto de desvirtuamento tem origem numa visão atrasada, tola e ultrapassada do negócio-futebol. Sanchez e Rosenberg copiam no microcosmo os idiotas especuladores que meteram o mundo na crise de 2008-2009.

Num momento em que o mundo empresarial trata de desenvolvimento humano sustentável, inclusão social e abertura de novos mercados, o Corinthians regride historicamente, reduz seu contingente de fiéis-torcedores-consumidores efetivos e estreita seus horizontes de crescimento consistente na obtenção de receitas.

Num período em que milhões de brasileiros ascenderam à classe C, a equivocada política corinthiana é de fidelizar prioritariamente os representantes da classe A.

Não há dúvida de que um clube moderno necessita de recursos, mas eles são meio e não fim.

Um clube de futebol existe para dar alegria e satisfação a sua gente, e não para enriquecer grupos criminosos de interesse ou espertalhões de boa lábia.

Nesse processo de desconstrução violenta da cultura corinthiana, o que era da imensa Nação foi repartido entre grupos de cartolas e agentes sequiosos por predar o patrimônio do Corinthians, o que inclui seus ativos intangíveis.

Esse loteamento constituiu pequenas máfias que controlam, sobretudo, a contratação de atletas. O que está em jogo atualmente é o business particular, e não o interesse da Fiel Torcida, verdadeira dona da instituição.

Hoje, o clube gasta milhões com jogadores descompromissados, incapazes ou simplesmente inativos. É a maior folha salarial do Brasil.

Se recebem fortunas todo mês, é fato que esses valores provêm do investimento de cada corinthiano em ingressos, produtos licenciados ou aquisição de produtos de patrocinadores diretos e indiretos.

Se não há justa retribuição em forma de trabalho e dedicação, caracteriza-se apropriação indébita dos recursos da Nação Corinthiana.

São muitos os exemplos desse descaso com os verdadeiros mantenedores do clube.

No Campeonato Brasileiro de 2009, não houve o devido empenho, tampouco disciplina organizativa. Assim como no Paulista de 2010, na Libertadores de 2010 e no Campeonato Brasileiro de 2010.

Nesse último, a república dos marajás usurpadores fugiu a suas responsabilidades no momento crucial do torneio, desperdiçando a chance de oferecer à torcida o merecido presente do Centenário.

E, pior, como proeza, empataram com o Goiás C no último jogo, o que nos atirou de modo infame na Pré-Libertadores.

Não é preciso relembrar o que ocorreu nessa disputa. A Fiel foi humilhada por um grupo desordenado de atletas abobados, sem vontade, sem garra e sem qualquer compromisso com nossa tradição de luta.

Uma das maiores vergonhas de nossa história.

Em vista desta completa descaracterização, a Fiel Torcida exige mudanças imediatas na gestão do clube.

• Devolução imediata do Corinthians a seus proprietário de direito: o povo!

• Desmantelamento dos grupos de extração predatória que tomaram de assalto o SCCP, o que inclui cartolas e seus parceiros externos.

• Demissão imediata dos inúmeros atletas que servem de eixo no processo sistemático de apropriação indébita dos recursos da Nação Corinthiana.

O mais valioso ativo do Sport Club Corinthians Paulista é sua gente e sua espetacular tradição de luta, mestiçagem, dedicação e solidariedade.

Essas virtudes é que fizeram nosso Corinthians tão amado (e tão odiado). Elas definem nossa marca, a mais valorizada no futebol brasileiro.

Elas exprimem nosso jeito único de pensar, agir e ser, em conformidade com o espírito de união fraterna dos heróis fundadores.

Portanto, tirem suas mãos infectas do nosso Corinthians. Devolvam-no a seu povo! Já!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Business e gestão da vontade

Peter Drucker, o maior guru da Administração, escreveu linhas esclarecedoras sobre a gestão de pessoas no moderno contexto de competição corporativa.

O afamado professor ensinava que, nos novos cenários, os colaboradores devem ser persuadidos a executar suas tarefas e que a mobilização se constitui num trabalho de marketing interno.

Afirmava ainda que teoria e prática definem uma estratégia de “administrar para o desempenho”.

Na tarefa de gerir parcerias entre lideranças e liderados, o professor austríaco sentenciou:

- O ponto de partida pode ser uma definição de resultados – exatamente como o ponto de partida do regente da orquestra é a partitura e o do treinador de futebol é marcar pontos.

Ironicamente, o esporte referido por Drucker costuma ser o primeiro a corromper os princípios básicos da administração.

O Corinthians, campeão paulista e da Copa do Brasil, por exemplo, ofereceu no segundo semestre um formidável exemplo de liderança para o fracasso.

Baseados em alguma teoria heterodoxa, seus dirigentes definiram que “o objetivo do ano já estava alcançado” no mês de Julho.

Em seguida, denominaram “planejamento” o desmonte da espinha dorsal da equipe e a conversão do Brasileiro em laboratório de rachões de luxo.

Essa política foi aliada ao encarecimento dos ingressos. Afinal, segundo o cartola Mario Gobbi, futebol hoje é “business”.

O resultado dessa estratégia de gestão tem sido visto em campo. Quem paga o alto preço dos ingressos no Pacaembu é brindado com derrotas humilhantes. Goiás e Atlético Paraense, juntos, meteram sete gols nos mosqueteiros.

Depois do empate contra o Fluminense, pior time do campeonato, até o técnico Mano Menezes admitiu a displicência e falta de vontade de boa parte do elenco.

Agora, indaga-se: o que se esperar de um grupo de trabalho cujas lideranças definem, por antecipação, que a jornada está concluída?

Imagina-se, por exemplo, uma equipe de corretores imobiliários cujo líder defina, em Julho, que a meta de vendas já foi alcançada.

O que esperar de trabalhadores que julgam já ter realizado o necessário?

É da natureza humana o senso de urgência e obrigação na atividade laboral. Decretar o fim de uma missão equivale a desmobilizar o grupo e entregá-lo à preguiça dos milionários.

No Corinthians, como denuncia Mano, já não há energia nem para a comemoração dos gols.

O fenômeno, entretanto, não é privilégio do alvinegro do Tatuapé.

Temos testemunhado situações semelhantes em várias outras equipes, geridas segundo os padrões do amadorismo, em que a busca de resultados é substituída pelo “amiguismo” demagógico.

Se houver um business no futebol, ele deve servir para concretizar a missão essencial do clube: gerar satisfação para sua torcida.

Mas que business é possível se a gestão sabota a vontade dos próprios colaboradores e transforma em farsa o espetáculo oferecido no mercado?

Por Walter Falceta Jr. - Jornalista

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Luto: A Saga e a Dor de um Herói de Verdade


***

Hoje em dia, a molecada costuma se impressionar com os X-Men.

Pois no passado, do nosso Corinthians, havia um X-Man de verdade.

Seu nome era Idário Sanchez Peinado.

Nasceu no Cambuci, na capital paulista, e desde criança tinha um sonho: ser jogador do Corinthians.

Nas ruas do bairro, lá nas baixadas do Tamanduateí, Idário aprendeu a brincar com a bola. Jogava com o coração, sempre.

E assim chegou às bases do clube, nas quais se destacou pela perseverança.

Dizem que, na época, a torcida corinthiana cresceu... Cresceu do orgulho de ver como Idário atuava com raça, dedicação e amor.

Não tinha uma bola perdida para o lateral-direito. Se tomava o drible, corria atrás para dar o carrinho salvador.

E foi assim que ao lado de Luizinho, Claudio, Baltazar, compôs o mais raçudo de todos os Corinthians, aquele que inspirou nossos avós, pais e amigos.

Idário ganhou o apelido de "Sangre", porque era de todos os corinthianos o mais valente, o mais destemido.

Enfrentava sem medo super pontas como Canhoteiro e Pepe.

A Fiel gritava: "pega ele, Idário". E ele sempre atendia o pedido.

Quando machucado, fingia estar bem para jogar pelo seu Corinthians. Botava uma faixa sobre as feridas e inchaços e enganava o médico.

Foram dez anos, de 50 a 60, de muitos títulos e glórias. No total, 475 jogos, três paulistões e três torneios Rio-S. Paulo.

Idário saiu do Corinthians sem patrimônio. Na época, ganhava-se pouco.

Passou 25 anos na estrada de ferro. Aposentou-se e foi viver com Dona Nati, uma mulher amiga e carinhosa.

Nos últimos anos, Idário passou a ter problemas de saúde. Precisava ser tratado...

Mas não recebeu a justa retribuição do clube que ajudou a construir. Nunca conseguiu realizar seu sonho simples: ter um plano da Medial Saúde.

Recebeu algumas poucas contribuições dos nossos diretores, quando já estava endividado na farmácia e com o condomínio em atraso.

Morreu sozinho, esta manhã, num pronto-socorro público, na Praia Grande.

Deixa como legado milhares de torcedores que, mesmo sem saber, viraram corinthianos por conta de sua mística de garra.

Vá em paz, nosso simpático amigo, verdadeiro herói. Que sua saga e dor sejam inspiração para um Corinthians melhor.

Retirado do http://www.loucosporti.com.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Martírio de Nosso Idário


O nosso grande Idário, ex-combatente alvinegro e eterno corinthiano, vive o ocaso do descaso.
Há anos, seu estado de saúde vinha inspirando cuidados.

Com os parcos recursos de sua aposentadoria, no entanto, não pôde submeter-se aos tratamentos necessários.

Seu joelho, que tanto suportou a ira anti-corinthiana nos campos, começou a dar mostras de exaustão.

Outros problemas crônicos fragilizaram ainda mais o craque.

Corinthianos se mobilizaram e exigiram do presidente Andrés Sanchez a inclusão de Idário e sua esposa num plano da Medial Saúde.
Os cartolas anuíram, mas nunca cumpriram a promessa.
Idário, então, teve seu estado de saúde agravado.

Recentemente, passou um mês internado num hospital do SUS.

Hoje, perdeu a fala e os movimentos das pernas. Está relegado a uma cama, pesando cerca de 40 quilos. Por conta dessa condição, tem duas feridas nas costas.

O alto valor dos remédios comprometeu a renda do casal. Chegaram a dever R$ 2 mil na farmácia, 2 contas de telefone e uma de condomínio.

As ajudas do Corinthians se limitaram, basicamente, a alguns depósitos bancários, rapidamente consumidos. Esmolas...

Idário precisa de uma enfermeira, de fraldas geriátricas e de um trabalho de reabilitação de movimentos numa clínica especializada.
Não tem obtido a ajuda regular necessária.

A esposa já pensa em vender o pequeno apartamento onde moram, único patrimônio do casal.

Pois é, muitos de nós somos corinthianos por conta da doação e perseverança desses antigos ídolos.

E aí, será que devemos algo a esses heróis?

Por que o rico futebol do business os abandonou?

***

Mais informações sobre o Idário, aqui.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Em respeito aos ídolos

Já é de conhecimento da torcida alvinegra que o ídolo Corinthiano e eterno lateral-direito Idário vem passando por dificuldades e está com a saúde muito debilitada. Por conta de um AVC sofrido no início desse ano, Idário e a Dona Natividade, sua esposa, tem passado por dificuldades financeiras devido aos caros remédios que ele precisa tomar.

A Larissa escreveu um post sobre o assunto e também disponibilizou o contato dele para quem quiser ajudar. Leia mais aqui.


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E falando em resgate histórico, me deparei dias atrás com um post emocionante sobre o Tuffy escrito pelo lusitano Douglas Nascimento. Tuffy era um goleiro excepcional, extremamente corajoso e habilidoso. Triste é pensar que esse grande ídolo cada vez mais se enfraquece na memória do futebol alvinegro. O post escrito pelo Douglas deve ser divulgado, lido e re-lido por todo Corinthiano. Leia a íntegra aqui.

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Os paulistanos já devem ter se deparado com a Praça Luiz Trochillo localizada na Vila Carrão, zona leste de São Paulo. A praça é uma homenagem ao eterno Luizinho, o pequeno Polegar, um dos maiores ídolos da história corinthiana, detentor de um talento sem tamanho e responsável por encantar as multidões.
No entanto, a praça construída para homenagear o grande ídolo encontra-se abandonada pela Prefeitura de São Paulo, cheia de entulhos e de lixo por toda parte.



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Há também uma praça, ao lado do viaduto Bresser na região da Mooca em homenagem ao ex-presidente corinthiano Vicente Matheus. E não diferentemente da Praça do Luizinho, também está abandonada. A Dona Marlene Matheus durante alguns anos investiu algum dinheiro para cuidar da jardinagem do lugar. No entanto, desistiu de cuidar da praça com o descaso constante da Prefeitura.

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É triste saber que os ídolos que ajudaram a construir a história do Sport Club Corinthians Paulista estão caindo no esquecimento e suas memórias sendo desrespeitadas dessa maneira. Relembrar esses grandes homens, bem como seus feitos, é necessário. Aliás, é fundamental.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Dia do Povo!



Parabéns Corinthians! 99 anos de glória e tradição!
Ta no sangue, na alma, no coração. Paixão sem tamanho, devoção sem explicação.
É O DIA DO POVO!

*

Obrigado, Meu Corinthians!
Por Giulio Calábria

Hoje, tu és mais eterno e amado do que nunca.

E, assim, te agradecemos.

Por nascer do brilho do Cometa Halley e iluminar o sonho de uma juventude.
Por unir a consciência política dos avôs operários à satisfação das folias da bola.
Por surgir na rua, à luz de um lampião, tão humilde quanto sua boa gente fundadora.
Por vir à realidade tão pobre quanto possível.
Por agregar tantos de nós, desfazendo diferenças e pulverizando preconceitos.
Por ser italiano, espanhol, português, grego, sírio, libanês, judeu, japonês, negro, índio e nordestino, o lugar de fé onde os brasileiros são iguais.
Por ser vez e voz dos excluídos.
Por ser o time do povo, por ele erguido e mantido.
Por dar coragem ao pobre e humildade ao rico.
Por ser a ternura dos homens e a garra das mulheres.
Por conceder juízo aos jovens e volúpia aos velhos.
Por nos legar tantas lições de respeito e igualdade.
Por mostrar tantas vezes o valor da democracia.
Por provar que é preciso lutar sempre, desistir jamais, lançar fora a poeira e tentar novamente.
Por nos ensinar o valor da lealdade e da solidariedade.
Por ser genuinamente brasileiro e ter a cara de nosso povo.
Por oferecer nas ruas, prédios, arquibancadas e construções, o maior espetáculo da Terra.
Por nos dar os gols de Neco, Teleco, Luizinho, Baltazar, Claudio, Basílio, Sócrates, Casão, Neto, Marcelinho, Tevez e Ronaldo.
Por no conceder as defesas de Tuffy, Gilmar, Tobias, Ronaldo, Dida e Felipe.
Por dar mostras de valentia em Grané, Idário, Wladimir, Rincón e Cristian.
Por nos mobilizar nas maiores demonstrações populares massivas de todos os tempos.
Por alegrar nossos domingos, segundas, terças, quartas, quintas, sextas, sábados.
Por ser uma doutrina de vida. Por ser o que somos. Por sermos o que você é.

Obrigado, Timão! Por tanto júbilo e satisfação!

Você é nosso nobre ancestral que não morre. Não morrerá jamais.

Parabéns. E receba nosso infinito e eterno amor.

*

100 anos de história
http://www.corinthians.com.br/site/centenario/

*

Fotos do Dia do Corinthians

Bolo no trabalho


No trailler de lanche da tia Corinthiana que eu cumprimento diariamente com um "Vai Corinthians".


Sempre Corinthians!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Uma Lição: Carta a Um Jovem Corinthiano


Querido jovem torcedor,

Tenho exatos 81 anos e nasci no Bom Retiro, pouco antes que
minha família se mudasse para a região do Tatuapé.

Nasci no ano da inauguração do Parque S. Jorge e
orgulhosamente Campeão Paulista.

Sou corinthiano desde que sou gente. E não lembro de um dia
sequer em que não tenha pensado no nosso Timão.

Fiz muitas coisas na vida, como nadar no Tietê e ajudar a
construir Brasília, trabalhando como eletricista.

Lá, eu fiz muitos amigo candangos. Ele me conheciam como o
"corinthiano", porque eu costumava andar pelo Planalto
Central com uma camisa branca, com nosso distintivo bordado
sobre o coração.

Convivo sem problemas com um problema na perna esquerda,
resultado da época em que não tinha vacinas neste país.

Mas não foi isso que me impediu de chutar a bunda de um
palmeirense que cuspiu numa bandeira minha, em 1.960,
época do nosso jejum.

Eu tenho visto que a nossa torcida mudou.

Nosso time sempre foi o time do povo, como diziam os amigos
do meu pai, no "Bonrá", o apelido do bairro.

Hoje, vemos um diretor falar que tudo virou business e
ficamos todos quietos, dando razão a esse absurdo.

Na minha época de jovem, o jogador era escolhido por um
olheiro, e devia responsabilidade somente ao clube.

Hoje, eles preferem dar dinheiro aos tais empresários e a
nossa torcida acha que está certo, se conforma.

A torcida do Corinthians não foi assim nunca. Ela sempre
apoiou, mas sempre protestou. Pois quem apóia, paga e
derrama lágrimas, tem sim o direito de expor sua opinião.

Pelo que vejo hoje, dizem que as pessoas mobilizadas
não são corinthianos. O vídeo mostrado por meu
sobrinho-neto, falava em "modinhas" e "cornetas",
palavras que eu não conhecia.

Então, ele me explicou.

Segundo ele, os jovens usam esses nomes para criticar
aqueles que condenam as negociatas e exigem um Corinthians
vencedor.

Por essa regra, os torcedores participativos, que se
sentem responsáveis pelo Timão, são considerados
"sampaulinos".

Eu vi a torcida do Corinthians muitas vezes furiosa.

Havia quem pedisse dinheiro emprestado da sogra para tentar
assistir a um Corinthians x Palmeiras.

Mas o rapaz ficava fulo da vida se o time não correspondia.

Meu pai encrencou com meia cidade em 1.933, quando o
cartola da época vendeu meio time para fazer dinheiro.

Aí, fomos enfrentar o palestra e tomamos de 0 x 8.

A torcida nossa fez uma loucura e chegou a botar fogo na sede.

Eu não acho a violência o modo correto de protestar. E nem
acho que jogar cadeira no diretor é coisa de gente com cabeça
no lugar.

Mas eu entendo como essas coisas são no espírito do
Fiel, principalmente dos mais simples, que têm o Corinthians
com uma das únicas alegrias da vida.

Eu já não era novinho na época da Ditadura, mas ainda ia aos
jogos e vi a Gaviões da Fiel protestar contra os bandidos do
clube e vi também essa turma pedir Anistia e Diretas-Já.

Em 1.984, havia muitas bandeiras nossas nos comícios da
Sé e do Anhangabaú.

Meu pensamento pode estar meio desordenado, mas eu quero
dizer que a gente sempre tem que assumir o comando das
coisas. Se a gente gosta mesmo, tem que apoiar e cobrar.

O que aconteceu com as vendas desses jogadores foi um
exemplo de que eles querem é fazer lucro rápido e não pensam
em você, jovem torcedor.

Hoje, o business é tudo. Mas isso não está certo. Eles não
respeitam os contratinhos e deixam os empresários tomar
conta do que é seu.

Foi por isso que entregamos o sonho da tal coroa tripla.

Agora de noite, vi nosso técnico dizendo que não dá mais, que
não temos mais chances. E isso antes de acabar o primeiro
turno, hein...

Pra mim, isso é triste, pois nunca vi o Corinthians se render.

Jovem torcedor, lute pela nossa tradição. Não tenha medo de
erguer a voz, pois esse clube nós fizemos para você. Cuide
dele com carinho e respeite sua tradição.

Não deixe este diamante se quebrar.


Rubens Calábria, Vila Matilde, SP, Capital, Brasil.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Manifesto – O Gravíssimo Caso Gobbi e a Fiel Torcida


“Idiotas”, “hipócritas”, “incultos”, “ignorantes”, “burros”, “vagabundos” e “bandidos”. Esses são apenas alguns adjetivos que vêm sendo cotidianamente usados pelo Sr. Mário Gobbi para se referir aos torcedores do Corinthians.

Alguns termos mais fortes têm sido utilizados nas conversas privadas do “dirigente” com seus amigos na polícia, na imprensa e na diretoria do clube.

O MR777 condena veemente qualquer forma de violência e lamenta que o referido cartola tenha sido alvejado por uma cadeira. O Corinthians é uma família e seus membros devem ter uma atitude civilizada, mesmo na divergência.

No entanto, é certo que um “dirigente”, homem público, deve ter bom senso e respeito por aqueles que sustentam o SCCP. Como dissemos, o clube existe por aqueles que abdicam do almoço para compor a massa apaixonada nos estádios, faça chuva ou sol.

No episódio do PSJ, o Sr. Gobbi mostrou novamente falta de equilíbrio emocional ao furtar-se ao debate e preferir o recurso à ofensa rasteira.

O SCCP montou belo time pelas mãos do Sr. Antônio Carlos Zago.

Para o Sr. Gobbi, no entanto, o intuito desse trabalho era apenas gerar “business”, que ele julga o propósito final do futebol.

E, assim, em busca de lucro rápido, comandou o desmanche sem critério do time, entregando os craques precipitadamente, por qualquer lance, numa vergonhosa feira que tinha como principal beneficiário o atravessador Carlo$ Leite.

Seguindo essa filosofia, Gobbi também tem se desdobrado para majorar o preço dos ingressos e afastar os estratos sociais menos favorecidos dos estádios.

E qual o resultado dessa gestão amadora?

Nosso time, antes favorito ao título, já dá sinais de claro enfraquecimento no Campeonato Brasileiro, distanciando-se do líder. E o consumidor do “business” de Gobbi já falta aos estádios. Menos de 14 mil pagantes neste Domingo, no tedioso empate diante do Avaí.

Há uma semana, solicitamos gentilmente ao Sr. Gobbi sua demissão imediata. Por capricho e vaidade, porém, este cidadão insiste em permanecer no cargo, dividindo os corinthianos, tumultuando a vida do clube.

Exigimos, portanto, do Sr. Andrés Sanchez que faça valer sua autoridade e afaste de vez este executivo que tanto tem contribuído para manchar a imagem de nossa agremiação.

Se ele próprio admitiu que “não sabe nada de futebol”, como mantê-lo na direção deste departamento?

Considerando a situação caótica do Detran, é certo que este funcionário público será mais útil à coletividade dedicando-se mais à sua atividade original, sustentada pelo contribuinte.

Assinado: Movimento Resistência 777 e milhões de fiéis que desejam o bem do Corinthians.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

1º de Setembro, Dia do Corinthians

Em 1 de setembro, celebraremos mais um ano de vida do glorioso Sport Club Corinthians Paulista.
Paixão que não se explica, devoção que não se compara.

Manifeste-se, FIEL.
http://diadocorinthians.com.br/

"És do Brasil o clube mais brasileiro."




domingo, 26 de julho de 2009

Carta Aberta ao VP de Futebol, Sr. Mário Gobbi


***
São Paulo, 26 de Julho de 2.009.

Prezado Sr. Mário Gobbi, vice-presidente de futebol do SCCP:


O Corinthians é a maior instituição popular do País, patrimônio intangível de milhões de brasileiros.

Nosso alvinegro é história, paixão, tradição, um conjunto de valores que nos marca desde 1.910.

O clube de Parque São Jorge é, sobretudo, sua torcida e o amor que mora dentro desses corações vivos e fiéis.

É certo que qualquer diretor do clube precisa ter esse conhecimento elementar do DNA corinthiano.

Como imaginar um CEO que não conheça os valores e princípios da empresa que dirige?

E como considerar um executivo que não identifique e respeite o público consumidor de seus produtos e serviços?

Infelizmente, o senhor nos deu mostras inequívocas de que ignora a grandeza do Corinthians e também seu propósito.

O Sr. acredita que a finalidade do futebol é o tal "business", é fazer dinheiro para a máquina viciada do futebol.

Nós achamos que o "business" é apenas MEIO para se atingir o propósito fundamental de um clube de futebol: gerar alegria e satisfação para a torcida.

O Sr. desrespeitou todos nós corinthianos, especialmente os irmãos que gastam seus salários para acompanhar o Timão nas arquibancadas, faça chuva ou faça sol.

Considera-nos "medíocres", "ignorantes" e "incultos". E nem cora as bochechas ao lançar esses impropérios em público.

Será que esse é o jeito civilizado e adulto de gerir uma instituição como o Corinthians?

O Sr. mesmo sabe que não é.

O Sr. tem defendido os aumentos escandalosos nos ingressos, a venda não planejada de mandos de campo e o processo de descaracterização do futebol, o que só privilegia os vampiros que exploram nossa paixão.

Portanto, apelando a seu bom senso, solicitamos seu desligamento voluntário e imediato do cargo que exerce no SCCP.

Será certamente um ato de grandeza de vossa parte, e lhe seremos eternamente gratos.

Saudações corinthianas,

Assinado: Movimento Resistência 777