Peter Drucker, o maior guru da Administração, escreveu linhas esclarecedoras sobre a gestão de pessoas no moderno contexto de competição corporativa.
O afamado professor ensinava que, nos novos cenários, os colaboradores devem ser persuadidos a executar suas tarefas e que a mobilização se constitui num trabalho de marketing interno.
Afirmava ainda que teoria e prática definem uma estratégia de “administrar para o desempenho”.
Na tarefa de gerir parcerias entre lideranças e liderados, o professor austríaco sentenciou:
- O ponto de partida pode ser uma definição de resultados – exatamente como o ponto de partida do regente da orquestra é a partitura e o do treinador de futebol é marcar pontos.
Ironicamente, o esporte referido por Drucker costuma ser o primeiro a corromper os princípios básicos da administração.
O Corinthians, campeão paulista e da Copa do Brasil, por exemplo, ofereceu no segundo semestre um formidável exemplo de liderança para o fracasso.
Baseados em alguma teoria heterodoxa, seus dirigentes definiram que “o objetivo do ano já estava alcançado” no mês de Julho.
Em seguida, denominaram “planejamento” o desmonte da espinha dorsal da equipe e a conversão do Brasileiro em laboratório de rachões de luxo.
Essa política foi aliada ao encarecimento dos ingressos. Afinal, segundo o cartola Mario Gobbi, futebol hoje é “business”.
O resultado dessa estratégia de gestão tem sido visto em campo. Quem paga o alto preço dos ingressos no Pacaembu é brindado com derrotas humilhantes. Goiás e Atlético Paraense, juntos, meteram sete gols nos mosqueteiros.
Depois do empate contra o Fluminense, pior time do campeonato, até o técnico Mano Menezes admitiu a displicência e falta de vontade de boa parte do elenco.
Agora, indaga-se: o que se esperar de um grupo de trabalho cujas lideranças definem, por antecipação, que a jornada está concluída?
Imagina-se, por exemplo, uma equipe de corretores imobiliários cujo líder defina, em Julho, que a meta de vendas já foi alcançada.
O que esperar de trabalhadores que julgam já ter realizado o necessário?
É da natureza humana o senso de urgência e obrigação na atividade laboral. Decretar o fim de uma missão equivale a desmobilizar o grupo e entregá-lo à preguiça dos milionários.
No Corinthians, como denuncia Mano, já não há energia nem para a comemoração dos gols.
O fenômeno, entretanto, não é privilégio do alvinegro do Tatuapé.
Temos testemunhado situações semelhantes em várias outras equipes, geridas segundo os padrões do amadorismo, em que a busca de resultados é substituída pelo “amiguismo” demagógico.
Se houver um business no futebol, ele deve servir para concretizar a missão essencial do clube: gerar satisfação para sua torcida.
Mas que business é possível se a gestão sabota a vontade dos próprios colaboradores e transforma em farsa o espetáculo oferecido no mercado?
Por Walter Falceta Jr. - Jornalista
9 comentários:
PERFEITO!!!
Amadorismo define bem o que essa gestão “business” é.
Hora de cobrarmos...
VAI CORINTHIANS!
Eu, o Justiceiro da Verdade, o super-herói brasileiro que quer limpar o PSJ, discordo. Pra mim, futebol tem que ser profissional, como o Palestra com Beluzzo. Paulo Garcia e Citadini comandariam a nossa diretoria muito bem. Lembram-se do timaço de 2004 com Régis Pitbull, Rafael Silva, Samir, Piá, Rodrigo Beckham, Gléguer, todos comandados por Juninho Fonseca? Pois é assim que se faz. Com profissionalismo e honestidade se vai longe.
http://blogdoputinho.wordpress.com
Olá Thais, gostariamos de pedir sua autorização pra reproduzir os seus textos no site www.noticiasdocorinthians.com.br
Obviamente vão ter a fonte e os créditos citados no final do texto.
Caso aceite é só responder o email aqui do comentário.
Abraços,
Redação do Notícias do Corinthians
Apesar de concordar com o discursso do M.Gobbi em relação ao business que virou o futebol (não só o Corinthians), tenho que dar o braço a torcer para o Walter. O fato dos dirigentes virem a público e afirmar que o objetivo de 2009 estava alcançado, gerou um senso de "oba oba" que não esta certo.
Temos que assumir que fizeram um bom trabalho até julho, já no 2º sementre a coisa piorou muito. Mas com essa explicação do "planjamento", só vamos ver se essa tática deu certo no final da Libertadores de 2010. Pois se o Timão ganhar, cegos de amor como somos, vamos esquecer qualquer erro cometido e reconhecer a competência da diretoria. Mas caso não tenha sucesso na Libertadores, mais uma vez vamos ficar na pior.
O que será? Sei lá, mas como esse time esta jogando agora, é um risco altíssimo coloca-lo para disputar a Libertadores.
Espero que o Mano tenha a calma, competência e os "limões" necessários para fazer a limonada que do corinthiano quer em 2010: a taça da América.
Notícias do Corinthians:
O blog não mostra os e-mails cadastrados nos comentários, portanto, não consegui responder a sua solicitação.
Mas sinta-se a vontade para publicar as nossas postagens em seu portal.
Abraços
Falando em Libertadores, o melhor comentário que eu vi sobre o extorsivo preço dos ingressos foi no blog do torcedor do globoesporte.com (que, aliás, é muito fraco... a Fiel tinha que ser representada por alguém com mais atitude), transcrito a seguir:
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96
SEU PASSADO É UMA BANDEIRA SEU PRESENTE É UMA LIÇÃO:
31 outubro, 2009 as 19:18
COMO É QUE É? 200 PAUS UMA ARQUIBANCADA NÃO É ABSURDO? CINQUENTÃO NO TOBOGÃ É JUSTO?
TÁ DE BRINCADEIRA…….
ESSE BLOG DEVE SER PATROCINADO PELO MARKETING DO ROSEMBERG.
AQUI É CORINTHIANS, PORRA, ISSO AQUI É POVÃO, É PERIFA, É BUMBA, É CORRERIA, É PAIXÃO E É HISTÓRIA!
A PARADA É A SEGUINTE: COM ESSE PREÇO NINGUÉM TEM QUE PAGAR NÃO! A MASSA VAI SE REUNIR LÁ FORA , VAI FAZER CAVALO DOIDO E VAI ENTRAR TUDO PRA DENTRO NO PEITO MESMO!
QUEREM DEIXAR A FIEL PRA FORA E ENCHER O ESTÁDIO SÓ COM TURISTA MAS NÃO VÃO CONSEGUIR NÃO!
NINGUÉM VAI SEPARAR A FIEL DO TIMÃO!
O CORINTHIANS É O TIME DO POVO!
E O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO!
NÃO VÃO SEGURAR A FIEL!
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Assino embaixo.
O preço dos ingressos idealizado pelo Rosenberg é absurdo e desrespeita violentamente o torcedor corinthiano.
O Pacaembu pode até encher na Libertadores, porque demanda por ingresso sempre existe quando se trata de Corinthians e porque, principalmente, o estádio é pequeno.
Começa a fazer sentido a aparentemente inexplicável defesa que o Rosenberg faz do arrendamento do Pacaembu. Em um estádio pequeno, você cobra o que quiser pela entrada em jogos importantes, pois a demanda muito superior à disponibilidade de lugares induz ao aumento do preço.
O resultado dessa política é a elitização dos freqüentadores de estádio.
Um atentado, portanto, à essência do corinthianismo.
OS CORINTHIANOS REPUDIAM O MERCANTILISMO RADICAL DE ROSENBERG E A ELITIZAÇÃO QUE ELE ALMEJA.
A FIEL PRECISA DE UM NOVO GRANDE ESTÁDIO, QUE COMPORTE A SUA DIMENSÃO DE MAIOR TORCIDA DO BRASIL.
A OPORTUNIDADE QUE SE ABRE COM A REALIZAÇÃO DA COPA-2014 NO BRASIL PARA, FINALMENTE, VIABILIZAR UM NOVO ESTÁDIO À ALTURA DO TAMANHO DA FIEL E DA INTENSIDADE DE SUA PAIXÃO PELO CORINTHIANS, NÃO PODE SER DESPERDIÇADA PELOS ATUAIS DIRIGENTES DO CLUBE.
A DIREÇÃO CORINTHIANA DEVE SER FIEL AOS INTERESSES DO CORINTHIANS - OS QUAIS SÃO, OBVIAMENTE, OS DA TORCIDA.
AGIR CONTRA OS INTERESSES DA FIEL É TRAIR O CORINTHIANS.
OS DIRETORES SÃO AS PESSOAS A QUEM CABE A NOBRE MISSÃO DE ADMINISTRAR O SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA - CLUBE NASCIDO NOS CAMPOS DE VÁRZEA PAULISTANOS QUE SE TORNOU O 1° CAMPEÃO MUNDIAL E CLUBE MAIS IMPORTANTE DO BRASIL.
NÃO SÃO OS DONOS DO CORINTHIANS.
O DONO DO CORINTHIANS É O POVO.
Olá, tudo bem?
Vi que você é Corinthians de Coração, assim como eu. Estou lançando o meu blog falando somente do nosso Poderoso Timão. Se puder passa lá para conhecer e comentar.
Parabéns pelo seu blog, tenho acompanhado.
VAI CORINTHIANS!!
(Precisa reativar esse blogue, hein?)
A primeira vez que Li este comentario, quase 1 ano atrás, sabia que ele estava certo, vendo hj o que aconteceu com o corinthians, dá muita tristeza que um time imbativel, ser desmanchado, e tendo o cristian como a espinha dorsal, junto com Douglas,sucumbir diante de um fraco flamengo, ver o time sem padrao tatico no final, foi cruel.. esse artigo deveria ser lido do presidente ao faxina... no fundo acabamos sendo tolos de bancar todo esse circo...
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